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23/04/2004 - 20h11

Skol Club recebe o maior DJ do house progressivo

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LIA PIMENTA
do Guia da Folha

Esta é certamente a melhor edição do Skol Beats para quem gosta de house progressivo. Nos últimos anos, a tenda Gatecrasher, dedicada ao gênero, era a que menos tinha DJs conhecidos e a mais vazia. Neste ano, ela ganhou novo nome, Skol Club, e receberá não somente o maior DJ do progressivo, Sasha, mas também o top inglês Danny Howells e o ídolo argentino Hernan Cattaneo.

O gênero virou febre quando surgiu no começo dos anos 90 na Inglaterra. Naquela época, os produtores da região estavam cansados da house norte-americana e das músicas tocadas nas raves. Tentaram misturar as duas sonoridades com linhas de baixo de dub (parente psicodélico do reggae), viajantes efeitos sonoros e paradinhas típicas do trance. O resultado da mistura foi uma house com cara nova e bastante groove, exatamente o que eles estavam procurando.

A dupla Leftfield foi precursora da novidade com o hit "Not Forgotten", considerada a primeira faixa de house progressivo. Outros ingleses entraram na onda e ganharam fama, como Sasha e Underworld. O som explodiu nos clubes da Inglaterra. Mas, como acontece com todo gênero de sucesso, com o passar do tempo as faixas ficaram repetitivas e com fama de comerciais. Sem criar novidades, o house progressivo entrou em baixa e sumiu a partir de 1994.

Os ingleses se lembraram dele somente perto da virada do século, quando o trance reinava na Europa. De novo, era momento de mudança e os interessados na evolução da música eletrônica reviveram a onda de dez anos antes. O gênero reapareceu, dessa vez com uma cara ainda mais nova. Estava menos festivo.

O inglês John Digweed foi importante nessa história pois era o responsável pela noite semanal Bedrock, no clube Renaissance, em Mansfield, onde Danny Howells era residente, e pelo selo de mesmo nome, por onde foram lançados vários hits. Surgiram novos talentos que sabiam comandar bem as pistas, como Lee Burridge e Sander Kleinenberg.

Mas foi um produtor alemão quem realmente conquistou os fãs de todas as categorias com um estilo muito próprio. Timo Maas trouxe influências novas como o breakbeat, e seus remixes ganharam fama pelo mundo. Até DJs de tecno tocaram suas faixas.

"É um estilo que se mistura muito bem com os outros", analisa o DJ brasileiro Julio Torres, que une house progressivo e tech-house em seus sets e já lançou produções próprias no exterior. O gênero está ganhando cada vez mais vocais e emplacando hits, inclusive nas rádios. "A cena lá fora é grande, principalmente na Inglaterra", continua Torres. "No Brasil é mais restrita. Tem pouco espaço e DJs." Apesar disso, ele e Carlo D'Allanese, que tocam no Skol Beats, são bem conhecidos por aqui.

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