Publicidade
Publicidade
27/04/2004
-
06h01
BRUNO YUTAKA SAITO
da Folha de S.Paulo
A situação podia ser descrita como a junção de vários choques, caóticos, já que o Basement Jaxx fazia a apresentação mais empolgante e empolgada do palco principal do Skol Beats, no sábado, no Anhembi, em SP.
Assistir ao show é testemunhar os paradoxos que a música eletrônica suscita. O primeiro choque já estava no começo do show. Em qual outra situação uma passista dançando no puro estilo "globeleza" no Sambódromo causaria tanto estranhamento? Mas o "agrado de gringo" casou bem com o Basement Jaxx.
Já na primeira música com vocal, "Good Luck", o grupo mostrou como, na prática, a boa eletrônica sabe usar pedacinhos de histórias alheias, e não apenas samples. Aqui, são apropriações de espíritos, como a alegria da disco, a força do hip hop e os devaneios do funk. Ou seja, coisas do passado numa mistureba generalizada que segue os princípios da customização punk, o choque do passado e do futuro.
O show bem podia ser de rock. "Romeo" foi mixada com a linha de baixo de "Magnificent Seven", do The Clash. E o que se viu foi o DJ Simon Ratcliffe em frente no palco simulando um guitar hero.
Em "Red Alert" ou "Where's Your Head At", a esquizofrenia do público do rock, acostumado com grandes arenas, se faz presente, com público cantando junto e olhando para o palco.
Com citações a White Stripes, Kelis, Missy Elliot e com o apoio de vocalistas poderosas --popozuda, gordinha ou sadomasô--, o BJ traduziu o fim último da eletrônica: empolgação do ritmo e dos instintos --sexo, calor e suor.
A dupla também salvou a noite ao substituir a principal baixa do Skol Beats, o DJ Sasha. Com um set de house quente e hipnótico, recheado de batucada, o BJ imprimiu um clima tribal ao Skol Club.
Colaborou Lúcio Ribeiro, colunista da Folha
Especial
Programe-se antes e acompanhe o Skol Beats 2004
"Choques" marcam dupla Basement Jaxx
Publicidade
da Folha de S.Paulo
A situação podia ser descrita como a junção de vários choques, caóticos, já que o Basement Jaxx fazia a apresentação mais empolgante e empolgada do palco principal do Skol Beats, no sábado, no Anhembi, em SP.
Assistir ao show é testemunhar os paradoxos que a música eletrônica suscita. O primeiro choque já estava no começo do show. Em qual outra situação uma passista dançando no puro estilo "globeleza" no Sambódromo causaria tanto estranhamento? Mas o "agrado de gringo" casou bem com o Basement Jaxx.
Já na primeira música com vocal, "Good Luck", o grupo mostrou como, na prática, a boa eletrônica sabe usar pedacinhos de histórias alheias, e não apenas samples. Aqui, são apropriações de espíritos, como a alegria da disco, a força do hip hop e os devaneios do funk. Ou seja, coisas do passado numa mistureba generalizada que segue os princípios da customização punk, o choque do passado e do futuro.
O show bem podia ser de rock. "Romeo" foi mixada com a linha de baixo de "Magnificent Seven", do The Clash. E o que se viu foi o DJ Simon Ratcliffe em frente no palco simulando um guitar hero.
Em "Red Alert" ou "Where's Your Head At", a esquizofrenia do público do rock, acostumado com grandes arenas, se faz presente, com público cantando junto e olhando para o palco.
Com citações a White Stripes, Kelis, Missy Elliot e com o apoio de vocalistas poderosas --popozuda, gordinha ou sadomasô--, o BJ traduziu o fim último da eletrônica: empolgação do ritmo e dos instintos --sexo, calor e suor.
A dupla também salvou a noite ao substituir a principal baixa do Skol Beats, o DJ Sasha. Com um set de house quente e hipnótico, recheado de batucada, o BJ imprimiu um clima tribal ao Skol Club.
Colaborou Lúcio Ribeiro, colunista da Folha
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice