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04/05/2004 - 07h21

Recife expõe em festival boa fase dos curtas de animação

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MARCELO BARTOLOMEI
enviado especial a Recife

Os quatro curta-metragens de animação projetados na 8ª edição do Cine PE - Festival do Audiovisual, que termina amanhã em Olinda (PE), provam que a vocação brasileira para o gênero continua em expansão.

Depois do impulso dado pela indicação do animador Carlos Saldanha ("Gone Nutty") ao Oscar, a produção nacional tem conquistado platéias, como a do Cine-Teatro Guararapes, onde os filmes são exibidos para um público de cerca de 3.000 pessoas por noite durante o festival.

Segundo Alfredo Bertini, organizador do Cine PE, os curtas de animação são os filmes mais bem avaliados pelo público no site que o festival mantém na internet.

Bertini, responsável pela escolha dos filmes que são exibidos diariamente, disse que recebeu seis curtas de animação para ver antes de o festival começar.

Entre as animações, a mais recente é "O Fantasma da Ópera", de Ale Machaddo, finalizada neste ano. Nela, encontram-se referências dos cartuns dos anos 40.

Produzidos no ano passado, também concorrem ao prêmio os curtas "A Moça que Dançou Depois de Morta" (Ítalo Cajueiro), "O Curupira" (Humberto Avelar) e "Portinholas" (criação coletiva de 150 alunos de nove a 14 anos da rede municipal de ensino do Espírito Santo).

Além de ser apresentado no cinema, o curta de animação capixaba, que é inspirado na história de Ana Maria Machado, também é um projeto social. Idealizado pelas produtoras Beatriz Lindenberg e Lúcia Caus, organizadoras do festival de cinema e vídeo de Vitória, "Portinholas" é um trabalho de incentivo à criatividade e inclusão social desenvolvido nas escolas públicas.

Nos temas, os curtas de animação têm investido na cultura brasileira. "O Curupira" resgata a tradição folclórica com a história do guardião da floresta. Já "A Moça que Dançou Depois de Morta" é baseado no cordel do artista popular pernambucano J. Borges e feito em xilogravura.

Amanhã, o Cine PE abrirá mais uma porta para a animação brasileira, ao premiar os curtas em uma categoria exclusiva, como não é comum nos festivais --exceto nos que se dedicam a esse tipo de filme, caso do Anima Mundi, por exemplo.

Os filmes também poderão ser eleitos pelo público para o prêmio do júri popular, onde disputariam com os demais concorrentes, sejam curtas em 35mm ou em 16mm.

O jornalista Marcelo Bartolomei viaja a convite da organização do 8º Cine PE - Festival do Audiovisual
 

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