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09/05/2004 - 14h07

Barcelona vira capital da cultura mundial

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IVAN PADILLA
Free-lance para a Folha, em Barcelona

Barcelona é uma cidade acostumada a grandes eventos. Foi sede de duas grandes exposições universais, em 1888 e 1929, e palco dos Jogos Olímpicos de 1992. Neste ano, a capital da região da Catalunha ficará consagrada como a capital mundial da cultura.

Começa hoje o Fórum das Culturas de Barcelona 2004, um acontecimento tão grande como inovador. Nunca tantos espetáculos estiveram concentrados ao mesmo tempo. Durante 141 dias, serão apresentados cerca de 400 shows de 170 grupos musicais, 60 apresentações de teatro e dança, 49 diálogos com 1.500 palestrantes, quatro exposições permanentes e 22 temporárias.

Comparecerão personalidades de artes, política, economia e direitos humanos de todo o planeta. Já foram vendidos 450 mil ingressos e são esperados 5 milhões de visitantes até 26 de setembro.

"O evento é ambicioso. Diria que será um ponto de encontro dos cidadãos do mundo inteiro e um espaço de diálogo para os debates mais urgentes dos tempos atuais", disse Oleguer Sarsanedas, que é porta-voz do fórum.

Os espetáculos girarão em torno de três eixos temáticos: paz, diversidade cultural e desenvolvimento sustentável. A parte conceitual será desenvolvida nos diálogos, em que chefes e ex-chefes de Estado, Prêmios Nobel, acadêmicos e escritores apresentarão seus pontos de vista sobre a globalização, religiões, os desafios da saúde e a relação entre Oriente e Ocidente.

Salman Rushdie ("Versos Satânicos") presidirá o diálogo "O Valor da Palavra". José Saramago, Rigoberta Menchú e Adolfo Pérez Esquivel participarão de "Memória Compartilhada". Mikhail Gorbatchov, Shimon Peres e Michael Moore falarão sobre a crise da falta de água como ameaça ao desenvolvimento sustentável.

Entre os shows, estão confirmados os brasileiros Gilberto Gil, Tom Zé, Bebel Gilberto e Fernanda Abreu. A coreógrafa alemã Pina Bausch também vai estrear seu novo espetáculo no fórum.

Um grande projeto urbanístico foi desenvolvido para viabilizar o encontro. A um custo de 3 bilhões, foi restaurada a região de Bèsos, na zona leste da cidade, onde os prisioneiros políticos eram mortos durante o franquismo.

O fórum é grande, mas não unânime. Um movimento chamado Plataforma de Resistentes, formado por associações de bairros e grupos antiglobalização, protesta contra a presença de empresas multinacionais. O preço dos ingressos é outra reclamação. A entrada para um dia custa 21. A temporada sai por 168.
 

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