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11/05/2004
-
04h46
CASSIANO ELEK MACHADO
da Folha de S.Paulo
Uma pesquisa divulgada ontem pelas duas principais instituições do mercado editorial brasileiro mostra que 2003 foi um ano da pá-virada para o livro no Brasil.
Os principais itens da pesquisa "Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro", realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros, apontaram para a crise do setor livreiro.
O número de exemplares vendidos caiu expressivos 20%, de 320 milhões em 2002 para 255 milhões em 2003. Descontada a diminuição de compra de volumes pelo governo (que reduziu seu investimento de 162 milhões para 110 milhões de livros), também houve retração. Se computados apenas os livros vendidos para o mercado, a queda foi de 8%.
O número de títulos e de exemplares ofertados também encolheu. Incluídos os volumes que tiveram sua primeira edição e os reeditados, as livrarias nacionais tiveram 35.590 novos produtos em 2003, 11% menos do que no ano anterior. As tiragens acompanharam o movimento: o mercado passou dos 338 milhões de livros de 2002 para 299 milhões.
O número menos pessimista para o setor livreiro foi o do faturamento: 8% mais. Um crescimento relativo, dada a inflação do período (8,95%) segundo o Ipca.
Os dados negativos tiveram reflexos na taxa de empregos do mercado editorial. A pesquisa aponta uma queda de 6% no número de funcionários do livro (diminuição maior entre os "permanentes"). Segundo os novos dados, o livro emprega hoje 20.770 pessoas no país.
"As quedas refletem o panorama econômico do país, que atinge o mercado livreiro como um todo. Estávamos esperando por esses números", diz o presidente da CBL, Oswaldo Siciliano. "O papel do governo é primordial. Houve um atraso na decisão e a parte principal da compra foi para 2004", diz. "Com isso, números de 2004 devem explodir."
Venda de livros cai em 2003, diz pesquisa
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da Folha de S.Paulo
Uma pesquisa divulgada ontem pelas duas principais instituições do mercado editorial brasileiro mostra que 2003 foi um ano da pá-virada para o livro no Brasil.
Os principais itens da pesquisa "Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro", realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros, apontaram para a crise do setor livreiro.
O número de exemplares vendidos caiu expressivos 20%, de 320 milhões em 2002 para 255 milhões em 2003. Descontada a diminuição de compra de volumes pelo governo (que reduziu seu investimento de 162 milhões para 110 milhões de livros), também houve retração. Se computados apenas os livros vendidos para o mercado, a queda foi de 8%.
O número de títulos e de exemplares ofertados também encolheu. Incluídos os volumes que tiveram sua primeira edição e os reeditados, as livrarias nacionais tiveram 35.590 novos produtos em 2003, 11% menos do que no ano anterior. As tiragens acompanharam o movimento: o mercado passou dos 338 milhões de livros de 2002 para 299 milhões.
O número menos pessimista para o setor livreiro foi o do faturamento: 8% mais. Um crescimento relativo, dada a inflação do período (8,95%) segundo o Ipca.
Os dados negativos tiveram reflexos na taxa de empregos do mercado editorial. A pesquisa aponta uma queda de 6% no número de funcionários do livro (diminuição maior entre os "permanentes"). Segundo os novos dados, o livro emprega hoje 20.770 pessoas no país.
"As quedas refletem o panorama econômico do país, que atinge o mercado livreiro como um todo. Estávamos esperando por esses números", diz o presidente da CBL, Oswaldo Siciliano. "O papel do governo é primordial. Houve um atraso na decisão e a parte principal da compra foi para 2004", diz. "Com isso, números de 2004 devem explodir."
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