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11/05/2004 - 13h28

Almodóvar e Bernal abrem Festival de Cannes com "A Má Educação"

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MARÍA CARMONA
da France Presse, em Cannes (França)

O cineasta espanhol Pedro Almodóvar e o ator mexicano Gael García Bernal serão os astros da abertura do Festival de Cannes, grande festa do cinema mundial que começa amanhã com "A Má Educação" ("La Mala Educación"), filme que será exibido na sessão "hors-concours".

Depois deles, Cannes receberá, como ocorre todo ano, uma constelação de astros e estrelas do cinema mundial. Esta edição, que os organizadores prometem ser criativa, aberta a todos os gêneros e festiva, contará com a presença de astros de Hollywood, como Brad Pitt, protagonista do épico "Tróia", de Wolfgang Petersen, apresentado em sessão "hors-concours"; o cineasta Quentin Tarantino, presidente do júri que também terá exibido em sessão "hors-concours" seu último filme, "Kill Bill 2"; sua musa, a atriz Uma Thurman, e Tom Hanks, que atua em "Ladykiller", dos irmãos Joel e Ethan Coen.

Penélope Cruz, Cameron Díaz, os vencedores do último Oscar Charlize Theron e Sean Penn, além de Maggie Cheung, entre outros, também participarão do festival.

Entre os filmes em competição, são particularmente esperados "Diários de Motocicleta", do brasileiro Walter Salles, em que o ator mexicano Gael García Bernal interpreta o jovem Ernesto Guevara antes de tornar o revolucionário Che, e "Fahrenheit 9/11", do cineasta americano Michael Moore, que Cannes consagrou há dois anos, ao premiar "Tiros em Columbine".

Bernal, que atua em dois filmes na mostra competitiva em papéis totalmente diferentes --o travesti de "A Má Educação" e o Che em "Diários"--, sem dúvida será o centro das atenções desta edição do festival, que o descobriu há quatro anos com "Amores Brutos", do compatriota Alejandro González Iñárritu.

Outro filme latino-americano, "La Niña Santa", da argentina Lucrecia Martel, está na sessão oficial.

Lucrecia Martel, reconhecida e premiada no mundo com "La Ciénaga", e Walter Salles, que desde o enorme sucesso mundial de "Central do Brasil" passou a ser uma figura-chave do cinema latino-americano, como diretor e produtor, podem dar à América Latina a primeira Palma de Ouro desde 1962, quando "O Pagador de Promessas", do brasileiro Anselmo Duarte, obteve o prêmio máximo do festival.

Dois documentários latino-americanos estão na seção oficial "hors-concours": "Glauber, o filme - Labirinto do Brasil", do brasileiro Silvio Tendler, e "Salvador Allende", do chileno Patricio Guzmán. Na mostra Un Certain Regard (Um certo olhar), foram selecionados "Crónicas", do equatoriano Sebastián Cordero, e "Whisky", dos uruguaios Juan Pablo Rebella e Pablo Stoll.

No total, compõem a mostra oficial 56 longas-metragens, dos quais 18 em competição, mas, na maratona cinematográfica de Cannes, os filmes se contam às centenas quando incluída a programação das sessões paralelas e as diversas homenagens e retrospectivas, e aos milhares, se contadas as produções apresentadas no Mercado do Filme, celebrado simultaneamente ao festival.

Desta vez, a grande festa do cinema poderá ser prejudicada pelos "intermitentes do espetáculo", como são chamados os artistas e técnicos do mundo do espetáculo francês que há meses se mobilizam para defender seu sistema de seguro desemprego e que, no ano passado, prejudicaram ou impediram a realização de vários festivais franceses.
 

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