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17/05/2004
-
16h24
ROMAIN RAYNALDY
da France Presse, em Cannes (França)
A disputa pela Palma de Ouro estava totalmente em aberto hoje, na metade do Festival de Cannes, no qual os verdadeiros sucessos até o momento foram os filmes "hors-concours".
Segundo as previsões da imprensa especializada, o prêmio deve ficar entre o sérvio Emir Kusturica, com o filme "A Vida é Um Milagre" e a francesa Agnès Jaoui, com "Comme Une Image" (Como uma imagem).
Se Kusturica ganhar, será a terceira vez que o faz, um recorde no festival. Levou a Palma de Ouro em 1995, com 'Underground' e em 1985, com 'Papai Está em Viagem de Negócios".
Se Jaoui for a vencedora, o prêmio finalmente vai ficar em casa, depois de mais de 15 anos. O último diretor francês a vencer o festival foi Maurice Pialat, em 1987, com "Sob o Sol de Satã".
Entretanto, a disputa continua totalmente indefinida. "La Niña Santa", da Argentina Lucrecia Martel, que inspirou comentários radicais --insuportável e vazio para alguns, esplêndido para outros--, pode surpreender. O jornal local "Nice-Matin", por exemplo, considera-o como favorito.
Ironicamente, os filmes de maior sucesso até agora foram os apresentados na mostra paralela. "Kill Bill - Vol. 2" e seu diretor Quentin Tarantino --também presidente do júri-- ganharam sem dúvida a "Palma do Público" ontem.
Também teve muito sucesso "A Má Educação" ("La Mala Educación"), de Pedro Almodóvar, ainda que não tenha causado tanta comoção como "Tudo Sobre Minha Mãe".
Shrek, o ogro verde, que compete oficialmente pela Palma de Ouro, fez sucesso no sábado (15), apesar dos desenhos animados não serem tradicionalmente apreciados no festival. O mesmo acontece com os documentários, mas "Fahrenheit 9/11", de Michael Moore, foi o centro das atenções hoje e pode sair vencedor.
Mas vale a pena lembrar que nada está definido. E alguns filmes badalados ainda esperam sua apresentação, entre eles "The Ladykillers", dos irmãos Coen, amanhã, "Diários de Motocicleta", de Walter Salles, na quarta-feira, e "2046", de Wong Kar-Wai, na quinta-feira.
Disputa principal em Cannes continua sem um candidato favorito
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da France Presse, em Cannes (França)
A disputa pela Palma de Ouro estava totalmente em aberto hoje, na metade do Festival de Cannes, no qual os verdadeiros sucessos até o momento foram os filmes "hors-concours".
Segundo as previsões da imprensa especializada, o prêmio deve ficar entre o sérvio Emir Kusturica, com o filme "A Vida é Um Milagre" e a francesa Agnès Jaoui, com "Comme Une Image" (Como uma imagem).
Se Kusturica ganhar, será a terceira vez que o faz, um recorde no festival. Levou a Palma de Ouro em 1995, com 'Underground' e em 1985, com 'Papai Está em Viagem de Negócios".
Se Jaoui for a vencedora, o prêmio finalmente vai ficar em casa, depois de mais de 15 anos. O último diretor francês a vencer o festival foi Maurice Pialat, em 1987, com "Sob o Sol de Satã".
Entretanto, a disputa continua totalmente indefinida. "La Niña Santa", da Argentina Lucrecia Martel, que inspirou comentários radicais --insuportável e vazio para alguns, esplêndido para outros--, pode surpreender. O jornal local "Nice-Matin", por exemplo, considera-o como favorito.
Ironicamente, os filmes de maior sucesso até agora foram os apresentados na mostra paralela. "Kill Bill - Vol. 2" e seu diretor Quentin Tarantino --também presidente do júri-- ganharam sem dúvida a "Palma do Público" ontem.
Também teve muito sucesso "A Má Educação" ("La Mala Educación"), de Pedro Almodóvar, ainda que não tenha causado tanta comoção como "Tudo Sobre Minha Mãe".
Shrek, o ogro verde, que compete oficialmente pela Palma de Ouro, fez sucesso no sábado (15), apesar dos desenhos animados não serem tradicionalmente apreciados no festival. O mesmo acontece com os documentários, mas "Fahrenheit 9/11", de Michael Moore, foi o centro das atenções hoje e pode sair vencedor.
Mas vale a pena lembrar que nada está definido. E alguns filmes badalados ainda esperam sua apresentação, entre eles "The Ladykillers", dos irmãos Coen, amanhã, "Diários de Motocicleta", de Walter Salles, na quarta-feira, e "2046", de Wong Kar-Wai, na quinta-feira.
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