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19/05/2004 - 13h44

Em Cannes, amigo de Che Guevara afirma que nunca parou de viajar

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da France Presse, em Cannes (França)

Alberto Granado, companheiro do Che durante sua viagem pela América Latina, que inspirou o longa "Diários de Motocicleta", do cineasta brasileiro Walter Salles, disse hoje que aquela viagem "sempre esteve presente na [sua] vida" e que, em seus mais de 80 anos, "nunca parou de viajar".

"Essa viagem, Ernesto Guevara e a revolução cubana são os três elementos essenciais da minha vida", declarou no Festival de Cannes, onde "Diários", que concorre à Palma de Ouro, foi apresentado hoje.

"Essa viagem sempre esteve presente na minha vida. Toda a minha família e todo o bairro já me ouviu contá-la", continuou.

"Ernesto [Che Guevara] na época me chamava de cigano sedentário, porque sou ao mesmo tempo familiar e andarilho", disse o amigo do Che. "Todas as coisas da vida me fazem pensar naquela viagem", afirmou.

"Quando vejo um avião, volto a pensar no que vi durante a viagem. Quando vejo uma injustiça, volto a pensar em todas as injustiças que já vi. Para mim, nunca acabou. Nunca deixei de viajar", disse.

Para Granado, a figura do Che continua sendo tão viva hoje, "sem dúvida, porque as palavras que pronunciou em sua época ainda são atuais".

Granado conta que o filme de Walter Salles o emocionou muito. "Estes jovens souberam refletir o que eu vivi em 52. Quanto mais o vejo [o filme], mais gosto dele", disse.

"Tive sorte e tenho que agradecer por ter encontrado gente como este diretor e estes atores, que são tecnicamente estupendos, mas que também o são como pessoas", continuou.

"Eu tenho sorte. Como Violeta Parra, posso dizer, 'Gracias a la vida, que me ha dado tanto'", concluiu, dizendo uma estrofe da canção "Gracias a la Vida", da pesquisadora e intérprete chilena de música popular.
 

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