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20/05/2004 - 15h23

Cannes vira vitrine da moda também para os homens

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JEAN-FRANÇOIS GUYOT
da France Presse, em Cannes (França)

Assumindo o fenômeno "metrossexual", que apresenta um novo homem, mais atento à sua aparência, o mundo da moda aproveita o Festival de Cannes para aplicar a mesma estratégia de promoção que usa com as estrelas do sexo feminino.

Desta forma, o evento também virou vitrine da moda masculina. Jean-Paul Gaultier se superou distribuindo aos atores uma nécessaire de maquiagem, com creme "anti-cansaço", pó compacto (com pincel aplicador), delineador, corretivo e até um batom para um "sorriso irresistível".

A maquiagem de Gaultier estava no rosto de várias personalidades que subiram a escadaria do Palácio dos Festivais. O jogador de futebol britânico David Beckham também aderiu.

Em relação aos ternos, "maisons" e estilistas afogaram os jornalistas com toneladas de releases que descreviam detalhadamente quem vestiram e como fizeram, caso suas roupas viessem a aparecer em fotos.

Entre os criadores "fotografáveis" estão Francesco Smalto (David Carradine, Barbet Schroeder), Versace (Antonio Banderas, Tom Hanks), Dior (Brad Pitt, Pedro Almodóvar, Gael García Bernal), Armani (Jean-Marc Barr, Vincent Pérez), Vuitton (Emir Kusturica).

O regulamento do Festival, que impõe "um terno escuro ou smoking, com gravata borboleta", deixa pouco espaço para a criatividade, mas cada "maison" tenta dar seu toque especial. Para o presidente do júri, Quentin Tarantino, Helmut Lang desenhou um smoking azul com lapela acetinada, acompanhado de gravata preta.

"É impossível impedir uma estrela de subir as escadas porque não está de gravata", reconhece o serviço de protocolo do festival. Mas um reles convidado deve cumprir a regra. Ao lado do Palácio de Festivais é possível comprar uma gravata por 20 euros.

"Vestir estrelas proporciona uma publicidade interessante em termos de imagem", admite Franck Boclet, diretor artístico da Smalto, que criou uma loja de aluguel de trajes há dois anos em Cannes. Vestiu Michael Madsen ("Kill Bill: Volume 2") para subir as escadas, com camisa preta, aliás uma originalidade também adotada por Dior Hommes para Pedro Almodóvar.

"Os homens famosos cuidam muito mais de sua imagem do que antes. Este ano, tivemos muitos pedidos", declarou Véronique Abrial, que lidera uma equipe de 25 cabeleireiros no Jacques Dessange.

Ela confirma a voga do fenômeno "metrossexual", assim como a equipe do cabeleireiro Franck Provost: "Não estávamos acostumados... Todos estão aterrorizados com a idéia de ter uma mecha fora do lugar. Sempre querem um resultado natural, ao estilo selvagem sofisticado", diz ele.

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