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23/09/2000 - 04h17

Evento na PUC discute importância do sonho

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da Folha de S.Paulo

Sonhar é indispensável para uma vida saudável. Esse foi um um dos principais pontos discutidos no último debate da série "Diálogos Impertinentes".

A discussão faz parte de um projeto promovido pela Folha, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) e pelo Sesc (Serviço Social do Comércio).

Do diálogo "O Sonho", que aconteceu dia 29 de agosto, participaram o médico Sérgio Tufik, professor de psicobiologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), fundador do Laboratório de Sono do Departamento de Psicobiologia da universidade e membro da American Sleep Disorders Association (Associação Americana de Distúrbios do Sono), e a psicóloga Regina Gromann, psicanalista, professora de psicossomática da Unip (Universidade Paulista) e pesquisadora do Laboratório de Psicopatologia Fundamental do Núcleo de Psicanálise do Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Clínica da PUC-SP.

Tufik abriu o debate afirmando que, "do ponto de vista biológico, o sonho é uma necessidade". Ele explicou que o sonho acontece em uma fase de sono profundo, indispensável para o bom funcionamento do organismo.

Regina Gromann ressaltou a importância psíquica de sonhar. "O sonho é uma maneira de realizar os desejos. É muito importante lembrar deles.
Quem não se lembra fica impossibilitado de compreender sua vida psíquica. O sonho motiva a pessoa a buscar seu significado", afirmou.

Ela lembrou ainda que a primeira análise profunda do assunto foi feita
por Freud, em "A Interpretação dos Sonhos", obra que completa um século neste ano.

"Freud inaugura uma nova maneira de ver o sonho. Antes a medicina achava inútil, e era visto de maneira mística", afirmou.

O pesadelo também foi explorado no debate. Tufik citou um estudo realizado por ele que constatou que o pesadelo tem relação com a situação social. "Na época do fracasso do Plano Cruzado, 70% da população da cidade de São Paulo reclamava de pesadelo. Um ano depois, com o sucesso do Real, caiu para 30%. Hoje deve estar em 90%", disse Sérgio Tufik, fazendo a platéia rir.

O debate foi mediado por Mário Sérgio Cortella, professor do Departamento de Teologia e Ciências da Religião da PUC-SP, e Marcelo Leite, editor de Ciência da Folha. Os debates da série "Diálogos Impertinentes" são mensais e transmitidos pelo canal de satélite utilizado pela TV Escola, e pela TV PUC, por meio da operadora Net São Paulo.

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