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04/06/2004 - 05h54

"Túmulo com Vista" se perde em ironia fina

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PEDRO BUTCHER
crítico da Folha

"Túmulo com Vista" se passa em uma minúscula cidade do minúsculo País de Gales --aquele ponto que, no mapa, fica "à esquerda da Inglaterra", como explica uma cartela estampada na tela logo no começo do filme. Tanta "pequenez" se aplica também à proposta dessa comédia dirigida por Nick Hurran, despretensiosa e inconseqüente.

Uma das fortes impressões que "Túmulo com Vista" deixa é que não existem atores no País de Gales (Anthony Hopkins e Catherine Zeta-Jones, os "nativos" mais célebres, já saíram de lá há muito). O elenco, forte, responsável pelos melhores momentos, é todo importado, com os papéis principais divididos entre os ingleses Brenda Blethyn e Alfred Molina, o americano Christopher Walken e a australiana Naomi Watts.

A estrutura é um mix de pastelão e ironia fina que nem sempre combina. Brenda Blethyn e Alfred Molina --ela uma dona-de-casa frustrada, ele o dono de uma funerária tradicional-- são responsáveis pelo lado "classudo" do filme, como o casal de meia-idade que vive uma paixão de tintas adolescentes. Já Christopher Walken (com um cabelo cada vez mais esquisito), como o americano que herda uma funerária e passa a promover enterros espetaculares, lidera o escracho.

Dividido e extremamente irregular, não chega a ser um filme de cinema, mas um típico produto de "conteúdo" audiovisual contemporâneo --ou seja, perfeito para passar tanto na salinha menor do multiplex como no avião, sem que nada se perca. Aqui e ali, promove momentos de genuíno prazer, e só.

Avaliação:

Túmulo com Vista (Plots with a View)
Direção: Nick Hurran
Produção: EUA/Inglaterra/Alemanha, 2002
Com: Christopher Walken, Alfred Molina
Quando: a partir de hoje no Cinearte e no Frei Caneca Unibanco Arteplex
 

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