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08/06/2004
-
04h23
JANAINA ROCHA
free-lance para a Folha
Coco, rojão, xote, baião, xaxado, embolada, toada, aboio, maracatu, reisado e arrasta-pé são alguns dos gêneros e danças da música popular nordestina que vão tomar conta das terças-feiras deste mês no Centro Cultural Banco do Brasil (CCCB), em São Paulo. O projeto chama-se Forró de Cabo a Rabo e acontece também no CCBB do Rio, em julho, e, em agosto, no CCBB de Brasília.
O evento começa com as apresentações da Banda de Pífanos de Caruaru, Seu Nelson da Rabeca e do grupo Xaxados e Perdidos. Em comum, segundo a co-idealizadora do projeto, Paula Brandão, as três atrações se remetem, de alguma forma, à origem do baile popular conhecido como forró, seu nome mais vulgar.
"Mesmo com o grupo Xaxados e Perdidos, que é da geração do forró universitário, a idéia do instrumental original, por exemplo, se mantém, no caso o triângulo, a zabumba e a sanfona", diz ela.
Entretanto, o mote principal das apresentações de hoje é a variedade dos ritmos tradicionais presentes numa festa nordestina, e por isso o subtítulo de "No Meu Pé-de-Serra - As Origens do Forró" para nomear os encontros. A Banda de Pífanos de Caruaru e o alagoano Seu Nelson da Rabeca são, de fato, uma prova viva da tradição e da diversidade.
A Banda de Pífanos é, antes de tudo, uma reunião musical da família Biano, que, entre outras coisas, animou festas de Lampião. O grupo formado em 1924 pelo trabalhador rural e zabumbeiro Manoel Biano, na região de Mata Grande (AL), já tem membros das segunda e terceira gerações.
O senhor Sebastião, o integrante mais velho, com 85 anos, é também o principal tocador de pífano do grupo. "Da nossa família, apenas seu filho aprendeu, e ele tentou ensinar a todos, mas é um dos instrumentos de sopro mais difíceis", afirma o tocador de zabumba e compositor João Biano. Além de tocar pífano, Bastião, como é chamado, confecciona o instrumento e os vende nos shows.
Para hoje, segundo João, o repertório será dançante, algo que até parece redundante. "No Sul e Sudeste há uma preferência de mostrar a qualidade festiva e dançante da música popular nordestina, mas, como o choro, ela é, sobretudo, instrumental e feita para escutar", conta ele.
A próxima terça conta com a presença dos trios Virgulino e Balanço Bom. O projeto também terá shows de Zé Calixto e Xangai.
FORRÓ DE CABO A RABO
Onde: CCBB (r. Álvares Penteado, 112, SP, tel. 0/xx/ 11/3113-3651)
Quando: às terças, às 13h e às 19h30
Quanto: R$ 6
Ciclo do CCBB-SP resgata o forró e suas origens
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free-lance para a Folha
Coco, rojão, xote, baião, xaxado, embolada, toada, aboio, maracatu, reisado e arrasta-pé são alguns dos gêneros e danças da música popular nordestina que vão tomar conta das terças-feiras deste mês no Centro Cultural Banco do Brasil (CCCB), em São Paulo. O projeto chama-se Forró de Cabo a Rabo e acontece também no CCBB do Rio, em julho, e, em agosto, no CCBB de Brasília.
O evento começa com as apresentações da Banda de Pífanos de Caruaru, Seu Nelson da Rabeca e do grupo Xaxados e Perdidos. Em comum, segundo a co-idealizadora do projeto, Paula Brandão, as três atrações se remetem, de alguma forma, à origem do baile popular conhecido como forró, seu nome mais vulgar.
"Mesmo com o grupo Xaxados e Perdidos, que é da geração do forró universitário, a idéia do instrumental original, por exemplo, se mantém, no caso o triângulo, a zabumba e a sanfona", diz ela.
Entretanto, o mote principal das apresentações de hoje é a variedade dos ritmos tradicionais presentes numa festa nordestina, e por isso o subtítulo de "No Meu Pé-de-Serra - As Origens do Forró" para nomear os encontros. A Banda de Pífanos de Caruaru e o alagoano Seu Nelson da Rabeca são, de fato, uma prova viva da tradição e da diversidade.
A Banda de Pífanos é, antes de tudo, uma reunião musical da família Biano, que, entre outras coisas, animou festas de Lampião. O grupo formado em 1924 pelo trabalhador rural e zabumbeiro Manoel Biano, na região de Mata Grande (AL), já tem membros das segunda e terceira gerações.
O senhor Sebastião, o integrante mais velho, com 85 anos, é também o principal tocador de pífano do grupo. "Da nossa família, apenas seu filho aprendeu, e ele tentou ensinar a todos, mas é um dos instrumentos de sopro mais difíceis", afirma o tocador de zabumba e compositor João Biano. Além de tocar pífano, Bastião, como é chamado, confecciona o instrumento e os vende nos shows.
Para hoje, segundo João, o repertório será dançante, algo que até parece redundante. "No Sul e Sudeste há uma preferência de mostrar a qualidade festiva e dançante da música popular nordestina, mas, como o choro, ela é, sobretudo, instrumental e feita para escutar", conta ele.
A próxima terça conta com a presença dos trios Virgulino e Balanço Bom. O projeto também terá shows de Zé Calixto e Xangai.
FORRÓ DE CABO A RABO
Onde: CCBB (r. Álvares Penteado, 112, SP, tel. 0/xx/ 11/3113-3651)
Quando: às terças, às 13h e às 19h30
Quanto: R$ 6
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