Sarkozy lamenta morte de Paul Newman, um "grande amigo da França"

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, lamentou hoje a morte do ator americano Paul Newman, a quem classificou como "um grande amigo da França", que encarnou a confiança e, ao mesmo tempo, a fragilidade da América.

"O cinema mundial está de luto com a morte de Paul Newman, lenda hollywoodiana, cujos famosos olhos azuis só iluminarão, infelizmente, as salas escuras onde sua obra cinematográfica sobreviverá", disse Sarkozy, em comunicado divulgado pelo Palácio do Eliseu.

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O presidente francês lembrou que a "elegância natural" de Newman "o permitiu circular entre os maiores e encarnar a confiança e a informalidade da América feliz e próspera do pós-guerra, mas também sua fragilidade e suas dúvidas".

"Ator, autor, cenógrafo, diretor, produtor e filantrópico, era também um grande amigo da França e as apaixonantes corridas de automóvel se lembrarão de suas sucessivas participações nas 24 horas de Le Mans", disse o presidente francês.

Paul Newman, um das últimas grandes estrelas do século 20, morreu nesta sexta-feira em sua casa, em Westport, Connecticut, aos 83 anos, depois de perder uma longa batalha contra câncer de pulmão. O ator estava ao lado de sua esposa Joanne Woodward, também atriz, e de suas cinco filhas em sua casa em Connecticut.

Ele atuou em quase 60 filmes em mais de 50 anos. Newman estava afastado do cinema desde 2007, quando disse "não ter mais condições" de atuar como gostaria. Quase um ano depois, em julho deste ano, ele anunciou ao público que sofria de câncer de pulmão e pediu a família e aos amigos para morrer em casa.

A notícia de que Newman sofria de câncer no pulmão foi divulgada oficialmente em 31 de julho deste ano, pelo Centro de Tratamento de Câncer Sloan-Kettering, em Nova York. Embora os médicos indicassem que o renomado ator estava fazendo quimioterapia, os jornais já falavam que ele teria poucas semanas de vida.

Em agosto, Newman saiu do hospital dizendo: "vou morrer em casa".