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20/06/2004
-
14h33
da Folha Online
O desfile de Lorenzo Merlino na São Paulo Fashion Week neste domingo (20) levou o público a lembrar os tempos de escola. Com direito a toque de sirene para anunciar o início da apresentação, o estilista fez todo mundo acordar cedo para sentar nas cadeiras das salas de aula do Colégio Liceu Pasteur e conhecer a nova coleção da marca que, a partir desta temporada, passa a ser assinada também por Marcelo Barbosa.
A escolha do local tem uma explicação. Dentro de uma escola de tradição francesa em São Paulo, o estilista questionou no desfile que aconteceu no período da manhã o acirramento das questões religiosas no mundo que não deixaram de fora nem o espaço da escola, como recentemente se viu com a aprovação, na França, de uma lei que proíbe o uso do véu muçulmano nas escolas do país.
Em um desfile enxuto, as modelos de Merlino entravam e saíam das salas de aula nas quais os convidados foram acomodados, usando véus estilizados e símbolos religiosos como a cruz cristã e a estrela de Davi (símbolo judaico) como acessórios.
A maquiagem também caprichou nas referências ao conflito étnico. As modelos tiveram as sobrancelhas pintadas para reforçar características árabes.
A silhueta veio seca, ajustada ao corpo, e as peças valorizam o colo. O colete é o carro-chefe da coleção, com seus desdobramentos.
Entre os tecidos usados estiveram o Tussor --tela de algodão--, a cambraia e o shantung de algodão. A cartela de cores foi composta basicamente de rosas, verdes e cinzas pastéis, associadas ao preto e ao vermelho.
Convidado ilustre
O desfile aconteceu ao som das músicas da banda francesa Indochine. Na primeira fila de uma das salas de desfile estava o senador Aloizio Mercadante (PT-SP).
O senador disse que foi ao desfile por causa da filha, Mariana, que é amiga do estilista. Essa foi a primeira vez que Mercadante assistiu a um desfile e disse ter gostado do que viu.
"Eu achei ousado e muito apropriado retratar o conflito religioso e étnico na sala de aula, principalmente por se tratar de um colégio francês. É importante associar a beleza à tolerância e que a moda consiga dialogar com a sala de aula", afirmou.
A partir do segundo desfile do dia, o palco volta a ser o pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, durante a São Paulo Fashion Week.
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O desfile de Lorenzo Merlino na São Paulo Fashion Week neste domingo (20) levou o público a lembrar os tempos de escola. Com direito a toque de sirene para anunciar o início da apresentação, o estilista fez todo mundo acordar cedo para sentar nas cadeiras das salas de aula do Colégio Liceu Pasteur e conhecer a nova coleção da marca que, a partir desta temporada, passa a ser assinada também por Marcelo Barbosa.
A escolha do local tem uma explicação. Dentro de uma escola de tradição francesa em São Paulo, o estilista questionou no desfile que aconteceu no período da manhã o acirramento das questões religiosas no mundo que não deixaram de fora nem o espaço da escola, como recentemente se viu com a aprovação, na França, de uma lei que proíbe o uso do véu muçulmano nas escolas do país.
Em um desfile enxuto, as modelos de Merlino entravam e saíam das salas de aula nas quais os convidados foram acomodados, usando véus estilizados e símbolos religiosos como a cruz cristã e a estrela de Davi (símbolo judaico) como acessórios.
A maquiagem também caprichou nas referências ao conflito étnico. As modelos tiveram as sobrancelhas pintadas para reforçar características árabes.
A silhueta veio seca, ajustada ao corpo, e as peças valorizam o colo. O colete é o carro-chefe da coleção, com seus desdobramentos.
Entre os tecidos usados estiveram o Tussor --tela de algodão--, a cambraia e o shantung de algodão. A cartela de cores foi composta basicamente de rosas, verdes e cinzas pastéis, associadas ao preto e ao vermelho.
Convidado ilustre
O desfile aconteceu ao som das músicas da banda francesa Indochine. Na primeira fila de uma das salas de desfile estava o senador Aloizio Mercadante (PT-SP).
O senador disse que foi ao desfile por causa da filha, Mariana, que é amiga do estilista. Essa foi a primeira vez que Mercadante assistiu a um desfile e disse ter gostado do que viu.
"Eu achei ousado e muito apropriado retratar o conflito religioso e étnico na sala de aula, principalmente por se tratar de um colégio francês. É importante associar a beleza à tolerância e que a moda consiga dialogar com a sala de aula", afirmou.
A partir do segundo desfile do dia, o palco volta a ser o pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, durante a São Paulo Fashion Week.
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