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21/06/2004
-
15h56
CARLA NASCIMENTO
da Folha Online
Jefferson Kulig vem apresentando suas coleções de forma conceitual e bebendo na fonte da ciência e da arte para construir suas peças. Hoje, em seu desfile na São Paulo Fashion Week, o artista plástico e estilista voltou a mostrar na passarela como o corpo e a moda podem ser um laboratório para a criação de novas estéticas e, principalmente, de novas idéias.
O desfile foi curto e preciso em seu recado. Nada de performances e cenografias elaboradas. Nada que desviasse a atenção para o que pretendia ser dito.
A coleção foi apresentada em três momentos. No primeiro, a idéia foi a de desconstrução do pensamento para que novas possibilidades fossem criadas.
Para traduzir isso, Kulig mostrou camisetas com aplicações de materiais diversos --como papel, plástico, telas e penas-- que assumiam formas igualmente diversas, como se estivessem se metamorfoseando.
No segundo momento, talvez como uma metáfora do estado de entropia que acontece em qualquer processo de transformação, uma série de vestidos pretos confeccionados em tafetá e seda, entre outros materiais, também tinham essa característica mutante, com mistura de tecidos e texturas, franzidos, assimetrias, sobreposição de camadas e tiras.
Na última parte, a idéia foi representar a tomada de consciência do homem em seu universo e sua capacidade de transformação. As modelos, encapuzadas e usando camisetas com frases como "O corpo como laboratório" ou "Triste época. Mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito", ficaram desfilando em círculos. Talvez para dar tempo para que o público digerisse o que estava sendo "dito". As camisetas certamente vão se tornar objeto de desejo dos mais antenados.
No final, a modelo negra Rojane Fradique entrou cobrindo os seios com as mãos e tirou o capuz apenas em frente ao pit dos fotógrafos.
Curto, preciso... para refletir e usar.
Os desfiles da São Paulo Fashion Week acontecem até amanhã (22), no prédio da Bienal, no parque do Ibirapuera.
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Kulig faz desfile curto e matematicamente preciso na Fashion Week
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da Folha Online
Jefferson Kulig vem apresentando suas coleções de forma conceitual e bebendo na fonte da ciência e da arte para construir suas peças. Hoje, em seu desfile na São Paulo Fashion Week, o artista plástico e estilista voltou a mostrar na passarela como o corpo e a moda podem ser um laboratório para a criação de novas estéticas e, principalmente, de novas idéias.
O desfile foi curto e preciso em seu recado. Nada de performances e cenografias elaboradas. Nada que desviasse a atenção para o que pretendia ser dito.
A coleção foi apresentada em três momentos. No primeiro, a idéia foi a de desconstrução do pensamento para que novas possibilidades fossem criadas.
Para traduzir isso, Kulig mostrou camisetas com aplicações de materiais diversos --como papel, plástico, telas e penas-- que assumiam formas igualmente diversas, como se estivessem se metamorfoseando.
No segundo momento, talvez como uma metáfora do estado de entropia que acontece em qualquer processo de transformação, uma série de vestidos pretos confeccionados em tafetá e seda, entre outros materiais, também tinham essa característica mutante, com mistura de tecidos e texturas, franzidos, assimetrias, sobreposição de camadas e tiras.
Na última parte, a idéia foi representar a tomada de consciência do homem em seu universo e sua capacidade de transformação. As modelos, encapuzadas e usando camisetas com frases como "O corpo como laboratório" ou "Triste época. Mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito", ficaram desfilando em círculos. Talvez para dar tempo para que o público digerisse o que estava sendo "dito". As camisetas certamente vão se tornar objeto de desejo dos mais antenados.
No final, a modelo negra Rojane Fradique entrou cobrindo os seios com as mãos e tirou o capuz apenas em frente ao pit dos fotógrafos.
Curto, preciso... para refletir e usar.
Os desfiles da São Paulo Fashion Week acontecem até amanhã (22), no prédio da Bienal, no parque do Ibirapuera.
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