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22/06/2004 - 09h52

Rosa Chá mostra peças com propostas arrojadas e tecnologia

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ERIKA PALOMINO
Colunista da Folha de S.Paulo
JACKSON ARAUJO
Free-lance para a Folha de S.Paulo

A marca de moda praia Rosa Chá fez o desfile mais badalado de ontem, o penúltimo dia da São Paulo Fashion Week. A marca desenhada por Amir Slama investe cada vez mais num estilo ultra-sexy. Naomi Campbell abriu o desfile, num maiô laranja.

Sorridente e simpática, foi muito aplaudida pelo público. As modelos saíam do meio de um cenário carnavalesco que reproduzia uma mulher de biquíni de pernas abertas (meio vulgar).

Ao contrário, as peças da coleção de verão da Rosa Chá preservam sempre sua elegância, ainda que as meninas apareçam bem nuas. O maiô tem muitos recortes, e é maiô apenas no nome, já que muitas vezes mostra mais do que muito biquíni. Tanto os duas peças quanto os de peça única são bem cavados mesmo, puxados para cima, nessa que deverá ser a grande novidade da marca para a estação. É a evolução da inversão de formas iniciada no último verão, que trouxe interessantes resultados. Incríveis e criativos desenhos se formam nos corpos das modelos, e tiras finas multicoloridas emprestam diversão e leveza.

A coleção inclui propostas arrojadas, como o maiô assimétrico de Naomi Campbell, deixando uma banda do bumbum de fora.

Mais uma vez, o exercício formal se sobrepõe à mera estamparia, que consegue resultados simpáticos nos matizes em laranja e rosa. Em termos de tecnologia, a Rosa Chá avança também, com um algodão superleve, de toque macio e aparência de shantung (seda).

Usada por Mari Weickert, uma regatinha em que se lia a inscrição "Brazilian Body" dá a pista do jogo de cintura brasileiro. Pena que o masculino não rolou, com sungas quadradonas muito altas --ou cavadas demais.

Renato Loureiro fez uma apresentação rápida, com apenas 20 looks, num cenário de pétalas vermelhas penduradas num móbile no meio da passarela. O desfile começou com uma série de delicados tops de tricô, leves e transparentes de efeito musselina. A parte de baixo é a bermuda, em muitos dos looks.

A peça aparece também nos três belos vestidos (que bem poderiam fechar a apresentação), especialmente o singelo patchwork com crash de estampas.

No início da tarde, Jefferson Kulig desfilou seu novo discurso na Fashion Week. Ele gosta sempre de mil explicações e temas para suas coleções, e dessa vez sugere a "Teoria da Memética, que sustenta que as idéia têm vida própria e reproduzem-se como material genético", como está escrito em seu material de divulgação. Ele começa mais leve e otimista. Aplica grafismos, bichos, flores e pássaros elaborados em papel, plástico e telas sintéticas.

Combinadas com bermudas e bloomers, as camisetas são mais bacanas, muito melhor do que o complexo conceito que o estilista tenta sugerir por trás delas. Kulig fecha o desfile com um bloco de camisetas-manifesto, que trazem frases como "Não é nada tudo está por vir", "Crítica autopromocional", "What you see is what you see"... "Que cada um interprete à sua maneira e com a sua cultura", declarou Kulig no backstage após o desfile.

Não rolou a imagem da modelo Rojane num inexplicável topless, no fim do desfile.

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