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22/06/2004 - 11h31

17ª São Paulo Fashion Week termina hoje com seis desfiles

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da Folha Online

A 17ª edição da São Paulo Fashion Week chega ao fim hoje com os desfiles da estilista carioca Isabela Capeto, que faz sua estréia no evento, Marcelo Quadros, Poko Pano, André Lima, Forum e Vide Bula. O evento, que começou no dia 16 de junho, acontece no pavilhão da Bienal, no parque do Ibirapuera.

Ontem, um dos destaques foi a Rosa Chá. Para mostrar a miscigenação e o hibridismo das raças que criaram a "personalidade brasileira", o estilista Amir Slama focou na sexualidade sua nova coleção, que resgatou o biquíni tipo asa-delta, sucesso entre as mulheres nos anos 80.

Do sensual, vieram a ousadia dos decotes, das cavas e uma infinidade de recortes --nem os modelos masculinos escaparam.

Aberto pela top britânica Naomi Campbell vestida com um maiô laranja super decotado e cavado, o desfile foi pontuado por biquínis e maiôs com corte asa-delta e grandes decotes. Em sua segunda entrada na passarela, Naomi usou um maiô com a parte traseira assimétrica --um dos lados era mais cavado que o outro.

Estampas florais

Sobre uma passarela ondulada, numa referência às ondas do mar, a Água Doce mostrou uma coleção moda praia romântica e inocente. O desfile da marca encerrou o penúltimo dia da São Paulo Fashion Week.

Inspirada na infância de Jacqueline Kennedy, a coleção proposta pela Água Doce trouxe cores suaves, com predominância de rosa, azul e verde, e estampas delicadas e femininas.

Listras horizontais, flores, borboletas e corações pontuaram a estamparia da coleção. Babadinhos e drapeados adornaram sutiãs, calcinhas, saias e vestidinhos.

As calcinhas vieram retas, paralelas ao quadril. Os sutiãs tipo cortina ou com bojo valorizaram os seios e o colo.

Guerrilheiros urbanos

Com maquiagem carregada nos olhos e lenços encobrindo parte do rosto, os modelos que desfilaram ontem a coleção primavera-verão de Alexandre Herchcovitch na São Paulo Fashion Week lembravam guerrilheiros, em uma leitura moderna e urbana.

As estampas e as composições feitas com elas pontuaram o desfile. Destaque para o xadrez de losangos pretos e brancos --presente em tecido acetinado usado em bermudas e calças, para as listras coloridas, as caveiras (um dos ícones do estilista) e desenhos de homenzinhos.

Paletós e camisas de manga curta com corte retrô, no qual a manga aparece ajustada ao ombro, foram usados com calças retas e bermudas mais curtas.

Tanto os paletós quanto as calças receberam aplicação de frisos coloridos com cores vivas, semelhantes às tonalidades usadas na confecção de roupas tradicionais da América Latina, como nos ponchos peruanos.

Casacos curtos, na altura das costelas, foram outra novidade mostrada por Herchcovitch. Em alguns casos, vieram com aplicação de bordados e em certos looks deixaram a barriga do modelo à mostra.

Precisão matemática

Jefferson Kulig vem apresentando suas coleções de forma conceitual e bebendo na fonte da ciência e da arte para construir suas peças. Ontem, em seu desfile na São Paulo Fashion Week, o artista plástico e estilista voltou a mostrar na passarela como o corpo e a moda podem ser um laboratório para a criação de novas estéticas e, principalmente, de novas idéias.

O desfile foi curto e preciso em seu recado. Nada de performances e cenografias elaboradas. Nada que desviasse a atenção para o que pretendia ser dito.

A coleção foi apresentada em três momentos. No primeiro, a idéia foi a de desconstrução do pensamento para que novas possibilidades fossem criadas.

Para traduzir isso, Kulig mostrou camisetas com aplicações de materiais diversos --como papel, plástico, telas e penas-- que assumiam formas igualmente diversas, como se estivessem se metamorfoseando.

No segundo momento, talvez como uma metáfora do estado de entropia que acontece em qualquer processo de transformação, uma série de vestidos pretos confeccionados em tafetá e seda, entre outros materiais, também tinham essa característica mutante, com mistura de tecidos e texturas, franzidos, assimetrias, sobreposição de camadas e tiras.

Na última parte, a idéia foi representar a tomada de consciência do homem em seu universo e sua capacidade de transformação. As modelos, encapuzadas e usando camisetas com frases como "O corpo como laboratório" ou "Triste época. Mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito", ficaram desfilando em círculos. Talvez para dar tempo para que o público digerisse o que estava sendo "dito". As camisetas certamente vão se tornar objeto de desejo dos mais antenados.

No final, a modelo negra Rojane Fradique entrou cobrindo os seios com as mãos e tirou o capuz apenas em frente aos fotógrafos.

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