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22/06/2004
-
13h34
da Folha Online
Um livro de fotos de dois artistas malineses, Seydou Keyta e Malick Sidibê, foi o ponto de partida para a coleção de Isabela Capeto, que fez sua estréia hoje na São Paulo Fashion Week.
A sala, transformada em uma grande caixa de madeira, foi o cenário no qual as modelos desfilaram, entrando na passarela de forma inusitada, passando por trás do público, que foi acomodado em uma arquibancada com apenas dois níveis. Sem sair da sala, as modelos ficavam percorrendo caminhos previamente marcados no chão. A trilha sonora foi executada ao vivo pelo músico Guilherme de Camargo, que tocou músicas do século 16 em um arquialaúde.
O trabalho manual foi a marca da coleção, com a aplicação de tachinhas, bordados em forma de mandalas, rendas, coroas e vodus aplicados em todas as peças.
A forma godê de vestidos e saias predominou, assim como os babados. Segundo a estilista, a idéia era fazer um desfile extremamente feminino. "O feminino é retrô", disse. Além disso, Capeto também observou que essa forma era constante no trabalho dos dois artistas, que mostram a moda em seu país nos anos 60 a partir de retratos do cotidiano.
Além do colorido característico de uma estética africana, os amuletos pendurados como acessórios, os colares com dentes e as batas também trazem essa referência.
A inserção do grafismo e da street art apareceu nos bordados em metal, nas miçangas e nos bottons.
Entre os poucos looks com calças, destacaram-se os modelos em risca feitas com aplicação de miçangas.
O algodão foi a base da coleção, mas a seda, a malha e o jeans também foram usados.
Na cartela de cores, predominantemente o amarelo, verde, vermelho e preto.
A São Paulo Fashion Week termina hoje, com desfile da marca Vide Bula no prédio da Bienal, no parque do Ibirapuera.
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Isabela Capeto estréia na Fashion Week com visual retrô africano
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Um livro de fotos de dois artistas malineses, Seydou Keyta e Malick Sidibê, foi o ponto de partida para a coleção de Isabela Capeto, que fez sua estréia hoje na São Paulo Fashion Week.
A sala, transformada em uma grande caixa de madeira, foi o cenário no qual as modelos desfilaram, entrando na passarela de forma inusitada, passando por trás do público, que foi acomodado em uma arquibancada com apenas dois níveis. Sem sair da sala, as modelos ficavam percorrendo caminhos previamente marcados no chão. A trilha sonora foi executada ao vivo pelo músico Guilherme de Camargo, que tocou músicas do século 16 em um arquialaúde.
O trabalho manual foi a marca da coleção, com a aplicação de tachinhas, bordados em forma de mandalas, rendas, coroas e vodus aplicados em todas as peças.
A forma godê de vestidos e saias predominou, assim como os babados. Segundo a estilista, a idéia era fazer um desfile extremamente feminino. "O feminino é retrô", disse. Além disso, Capeto também observou que essa forma era constante no trabalho dos dois artistas, que mostram a moda em seu país nos anos 60 a partir de retratos do cotidiano.
Além do colorido característico de uma estética africana, os amuletos pendurados como acessórios, os colares com dentes e as batas também trazem essa referência.
A inserção do grafismo e da street art apareceu nos bordados em metal, nas miçangas e nos bottons.
Entre os poucos looks com calças, destacaram-se os modelos em risca feitas com aplicação de miçangas.
O algodão foi a base da coleção, mas a seda, a malha e o jeans também foram usados.
Na cartela de cores, predominantemente o amarelo, verde, vermelho e preto.
A São Paulo Fashion Week termina hoje, com desfile da marca Vide Bula no prédio da Bienal, no parque do Ibirapuera.
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