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01/07/2004
-
08h07
JOÃO BATISTA NATALI
da Folha de S.Paulo
A Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado) estréia um programa em muitos sentidos excepcional. Regida por Roberto Minczuk, trará a "Sinfonia nº 5", de Gustav Mahler (1860-1911), e o "Concerto para Piano, opus 21", de Joseph Haydn (1732-1809), tendo como solista Pablo Rossi, jovem músico de apenas 15 anos.
Será hoje e amanhã, na Sala São Paulo, e também no sábado, em concerto de abertura do 35º Festival de Inverno de Campos do Jordão, com retransmissão pela TV Cultura, a partir das 21h.
Mahler é um sinfonista complexo, profundo, intrigante. Sua "Quinta" tem passagens de um refinado e doce melodismo. Minczuk já a havia regido com a Osesp em novembro de 1999. Foi um de seus grandes momentos.
Mahler é uma espécie de certificado de competência musical que só as orquestras sinfônicas de primeira linha conseguem obter. A Osesp faz parte delas.
Pablo Rossi será o segundo pianista extremamente jovem a se apresentar em São Paulo com uma grande orquestra neste mês. A Osusp (Sinfônica da USP) fez, no último dia 22, um "Concerto nº 5", de Beethoven, com o pianista Fábio Martino, que, como Rossi, também tem 15 anos.
Jovem talento
Rossi é catarinense. Aluno da pianista russa Olga Kiun, foi bolsista em master classes do Conservatório Tchaikovski, de Moscou. Já recebeu cinco prêmios de interpretação no Brasil e dois outros no exterior.
Sobre a responsabilidade de interpretar agora Haydn, disse concordar com uma observação que o maestro Minczuk lhe fez. "É um compositor que só as crianças, pela ingenuidade, ou os muito idosos, por não terem mais nada a provar, conseguem tocar corretamente." Haydn é alegre, leve, desprovido de simulações.
Pablo Rossi cursa o primeiro colegial. Diz que, em geral, estuda diariamente cinco horas de piano, ou mais que isso se estiver preparando alguma apresentação.
Rejeita a idéia de que, como músico precoce, tenha perdido a infância. "Minha infância foi diferente, de acordo com a minha escolha. Eu comecei a tocar piano aos seis anos por vontade própria, já que não havia nenhum outro músico na minha família."
Acredita que há peças do repertório para as quais deverá esperar um pouco mais, como o "Concerto nº 3", de Rachmaninov, ou o "Concerto nº 2", de Brahms.
Por enquanto, seus planos são terminar o colegial e cursar uma escola superior de música estrangeira, na qual possa estudar sob a orientação de um professor da escola pianística russa.
OSESP
Com: Roberto Minczuk (regente) e Pablo Rossi (piano)
Quando: hoje e amanhã, às 21h
Onde: Sala São Paulo (pça. Júlio Prestes, s/nº, tel. 3337-5414)
Quanto: de R$ 22 a R$ 70
Quando: sáb., às 21h
Onde: auditório Cláudio Santoro (av. Arrobas Martins, 1.880, Campos do Jordão, tel. 0/xx/12/36622 2334)
Quanto: de R$ 10 a R$ 80
Especial
Arquivo: saiba o que já foi publicado sobre a Orquestra Sinfônica do Estado
Orquestra Sinfônica do Estado se apresenta com prodígio de 15 anos
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da Folha de S.Paulo
A Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado) estréia um programa em muitos sentidos excepcional. Regida por Roberto Minczuk, trará a "Sinfonia nº 5", de Gustav Mahler (1860-1911), e o "Concerto para Piano, opus 21", de Joseph Haydn (1732-1809), tendo como solista Pablo Rossi, jovem músico de apenas 15 anos.
Será hoje e amanhã, na Sala São Paulo, e também no sábado, em concerto de abertura do 35º Festival de Inverno de Campos do Jordão, com retransmissão pela TV Cultura, a partir das 21h.
Mahler é um sinfonista complexo, profundo, intrigante. Sua "Quinta" tem passagens de um refinado e doce melodismo. Minczuk já a havia regido com a Osesp em novembro de 1999. Foi um de seus grandes momentos.
Mahler é uma espécie de certificado de competência musical que só as orquestras sinfônicas de primeira linha conseguem obter. A Osesp faz parte delas.
Pablo Rossi será o segundo pianista extremamente jovem a se apresentar em São Paulo com uma grande orquestra neste mês. A Osusp (Sinfônica da USP) fez, no último dia 22, um "Concerto nº 5", de Beethoven, com o pianista Fábio Martino, que, como Rossi, também tem 15 anos.
Jovem talento
Rossi é catarinense. Aluno da pianista russa Olga Kiun, foi bolsista em master classes do Conservatório Tchaikovski, de Moscou. Já recebeu cinco prêmios de interpretação no Brasil e dois outros no exterior.
Sobre a responsabilidade de interpretar agora Haydn, disse concordar com uma observação que o maestro Minczuk lhe fez. "É um compositor que só as crianças, pela ingenuidade, ou os muito idosos, por não terem mais nada a provar, conseguem tocar corretamente." Haydn é alegre, leve, desprovido de simulações.
Pablo Rossi cursa o primeiro colegial. Diz que, em geral, estuda diariamente cinco horas de piano, ou mais que isso se estiver preparando alguma apresentação.
Rejeita a idéia de que, como músico precoce, tenha perdido a infância. "Minha infância foi diferente, de acordo com a minha escolha. Eu comecei a tocar piano aos seis anos por vontade própria, já que não havia nenhum outro músico na minha família."
Acredita que há peças do repertório para as quais deverá esperar um pouco mais, como o "Concerto nº 3", de Rachmaninov, ou o "Concerto nº 2", de Brahms.
Por enquanto, seus planos são terminar o colegial e cursar uma escola superior de música estrangeira, na qual possa estudar sob a orientação de um professor da escola pianística russa.
OSESP
Com: Roberto Minczuk (regente) e Pablo Rossi (piano)
Quando: hoje e amanhã, às 21h
Onde: Sala São Paulo (pça. Júlio Prestes, s/nº, tel. 3337-5414)
Quanto: de R$ 22 a R$ 70
Quando: sáb., às 21h
Onde: auditório Cláudio Santoro (av. Arrobas Martins, 1.880, Campos do Jordão, tel. 0/xx/12/36622 2334)
Quanto: de R$ 10 a R$ 80
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