Publicidade
Publicidade
09/07/2004
-
07h54
LUIZ FERNANDO VIANNA
da Folha de S.Paulo, no Rio
Tido como um prêmio que distribui fatias para as grandes gravadoras, o Tim (ex-Sharp) direcionou neste ano boa parte de seus 36 troféus --e dos R$ 220 mil-- para os selos ditos independentes. Embora ausente do Municipal do Rio na quarta, a rainha da noite foi uma dissidente das multinacionais: Maria Bethânia.
Ela ficou com os prêmios de Melhor Cantora e Melhor Disco de MPB graças a "Brasileirinho", projeto nada comercial com que lançou o Quitanda, selo aberto dentro da gravadora (independente, mas cada vez maior) Biscoito Fino. O CD ainda foi o Melhor Projeto Visual (de Gringo Cardia). E o primeiro disco de Dona Edith do Prato, 88, baiana acolhida pelo Quitanda, foi escolhido o Melhor Regional.
"De todos os meus trabalhos, este é o que saiu mais do fundo de minha alma", agradeceu Maria Bethânia em vídeo.
Para completar a festa da empresa, a Biscoito Fino ainda levou os prêmios de disco Instrumental ("Cenas Brasileiras", de Wagner Tiso e Orquestra Pró Música) e Infantil ("Samba para Crianças").
A Lumiar, do produtor Almir Chediak, assassinado em 2003, ganhou na categoria Projeto Especial pelo "Songbook João Bosco" e viu seu "Emílio Santiago Encontra João Donato" garantir troféus aos dois artistas: Melhor Cantor de MPB e Melhor Arranjador. Outro artista já morto foi lembrado em Canção Popular: melhor disco para "Noite Ilustrada Canta Lupicinio Rodrigues".
O arrasa-quarteirão das independentes abrangeu desde veteranos como Cauby Peixoto --Melhor Cantor e Melhor Dupla (Selma Reis) de Canção Popular-- e Elza Soares, a Melhor Cantora de Pop/Rock, até novos como o Pagode Jazz Sardinha's Club (Grupo Instrumental) e Yamandú Costa (Solista Instrumental). No samba, o independente Monarco levou o Melhor Disco, e o mainstream Zeca Pagodinho, Melhor Cantor.
Entre os jovens de sucesso, Maria Rita levou Revelação e cantora pelo voto popular, mas foi Marcelo D2 quem arrastou as fichas: Melhor Canção, Disco Pop/Rock e cantor pelo voto popular. "Essa aproximação entre samba e rap é o que eu quero continuar fazendo", comemorou ele.
O roteiro confuso, o excesso de elogios e algumas interpretações (como a de Felipe Dylon) atrapalharam a homenagem a Lulu Santos --que ainda ganhou o prêmio de Cantor Pop/Rock. Mas a belíssima versão de Lenine e Cristina Braga para "Certas Coisas" e as três músicas defendidas por Lulu salvaram a pátria.
Especial
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre o prêmio Tim
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre Maria Bethânia
Prêmio Tim dá espaço a independentes
Publicidade
da Folha de S.Paulo, no Rio
Tido como um prêmio que distribui fatias para as grandes gravadoras, o Tim (ex-Sharp) direcionou neste ano boa parte de seus 36 troféus --e dos R$ 220 mil-- para os selos ditos independentes. Embora ausente do Municipal do Rio na quarta, a rainha da noite foi uma dissidente das multinacionais: Maria Bethânia.
Ela ficou com os prêmios de Melhor Cantora e Melhor Disco de MPB graças a "Brasileirinho", projeto nada comercial com que lançou o Quitanda, selo aberto dentro da gravadora (independente, mas cada vez maior) Biscoito Fino. O CD ainda foi o Melhor Projeto Visual (de Gringo Cardia). E o primeiro disco de Dona Edith do Prato, 88, baiana acolhida pelo Quitanda, foi escolhido o Melhor Regional.
"De todos os meus trabalhos, este é o que saiu mais do fundo de minha alma", agradeceu Maria Bethânia em vídeo.
Para completar a festa da empresa, a Biscoito Fino ainda levou os prêmios de disco Instrumental ("Cenas Brasileiras", de Wagner Tiso e Orquestra Pró Música) e Infantil ("Samba para Crianças").
A Lumiar, do produtor Almir Chediak, assassinado em 2003, ganhou na categoria Projeto Especial pelo "Songbook João Bosco" e viu seu "Emílio Santiago Encontra João Donato" garantir troféus aos dois artistas: Melhor Cantor de MPB e Melhor Arranjador. Outro artista já morto foi lembrado em Canção Popular: melhor disco para "Noite Ilustrada Canta Lupicinio Rodrigues".
O arrasa-quarteirão das independentes abrangeu desde veteranos como Cauby Peixoto --Melhor Cantor e Melhor Dupla (Selma Reis) de Canção Popular-- e Elza Soares, a Melhor Cantora de Pop/Rock, até novos como o Pagode Jazz Sardinha's Club (Grupo Instrumental) e Yamandú Costa (Solista Instrumental). No samba, o independente Monarco levou o Melhor Disco, e o mainstream Zeca Pagodinho, Melhor Cantor.
Entre os jovens de sucesso, Maria Rita levou Revelação e cantora pelo voto popular, mas foi Marcelo D2 quem arrastou as fichas: Melhor Canção, Disco Pop/Rock e cantor pelo voto popular. "Essa aproximação entre samba e rap é o que eu quero continuar fazendo", comemorou ele.
O roteiro confuso, o excesso de elogios e algumas interpretações (como a de Felipe Dylon) atrapalharam a homenagem a Lulu Santos --que ainda ganhou o prêmio de Cantor Pop/Rock. Mas a belíssima versão de Lenine e Cristina Braga para "Certas Coisas" e as três músicas defendidas por Lulu salvaram a pátria.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice