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09/07/2004
-
10h25
CASSIANO ELEK MACHADO
enviado especial a Parati
A balança comercial literária brasileira teve um dia agitado ontem, em Parati. No pátio da casa de dom João de Orleans e Bragança, o "crème de la crème" da Flip foi apresentado à nova edição do Programa de Apoio à Tradução, da Fundação Biblioteca Nacional.
O presidente da instituição, Pedro Corrêa do Lago, anunciou o cardápio de títulos que terão sua publicação no exterior incentivada pelo órgão governamental. São 34 livros escolhidos. Escritores, agentes literários, editores de grande projeção e outros tantos receberam volumes com trechos de cada um dos títulos escolhidos.
A seleção inclui desde autores clássicos, como Lima Barreto, até autores jovens, como Adriana Lisboa. Foram feitas edições dos livros em inglês, francês e em espanhol. Os volumes, com 1.500 exemplares cada, serão distribuídos em eventos como a Feira de Porto Alegre e a Bienal do Rio do ano que vem.
A escolha foi feita por uma comissão da qual fizeram parte críticos, como Luís Costa Lima, Arthur Nestrovski, Silviano Santiago, Flora Sussekind e Bella Jozef, o editor Wander Soares, o presidente da Academia Brasileira de Letras, Ivan Junqueira, o bibliófilo José Mindlin e Luciano Trigo, da Biblioteca Nacional.
"Esse grupo escolheu uma lista de títulos que todos achamos que devem ser publicados no exterior; a idéia não era criar um panteão literário", diz Corrêa do Lago. O "estímulo" da BN é um cheque de US$ 3.000 ao editor estrangeiro que se dispuser a publicar uma das obras da lista ou outra que receba a chancela do conselho.
O anúncio da ampliação do Programa de Apoio à Tradução, que já existia há cinco anos, causou polêmica nas semanas que antecederam a Flip. É que a Biblioteca investiu R$ 36 mil no projeto e na apresentação dele em Parati, o que incluiu a "importação" de 16 personalidades do universo do livro da França e da Espanha.
"Fui atacado como se tivesse pegando uma carona na Flip. Estou mesmo", diz Corrêa do Lago. "Nunca um evento reuniu no Brasil tantos estrangeiros importantes da área. Precisamos aproveitar para divulgar a nossa literatura. E não como se fazia antes, batendo nas portas lá no exterior."
Especial
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre a Flip
Sai lista do Programa de Apoio à Tradução
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enviado especial a Parati
A balança comercial literária brasileira teve um dia agitado ontem, em Parati. No pátio da casa de dom João de Orleans e Bragança, o "crème de la crème" da Flip foi apresentado à nova edição do Programa de Apoio à Tradução, da Fundação Biblioteca Nacional.
O presidente da instituição, Pedro Corrêa do Lago, anunciou o cardápio de títulos que terão sua publicação no exterior incentivada pelo órgão governamental. São 34 livros escolhidos. Escritores, agentes literários, editores de grande projeção e outros tantos receberam volumes com trechos de cada um dos títulos escolhidos.
A seleção inclui desde autores clássicos, como Lima Barreto, até autores jovens, como Adriana Lisboa. Foram feitas edições dos livros em inglês, francês e em espanhol. Os volumes, com 1.500 exemplares cada, serão distribuídos em eventos como a Feira de Porto Alegre e a Bienal do Rio do ano que vem.
A escolha foi feita por uma comissão da qual fizeram parte críticos, como Luís Costa Lima, Arthur Nestrovski, Silviano Santiago, Flora Sussekind e Bella Jozef, o editor Wander Soares, o presidente da Academia Brasileira de Letras, Ivan Junqueira, o bibliófilo José Mindlin e Luciano Trigo, da Biblioteca Nacional.
"Esse grupo escolheu uma lista de títulos que todos achamos que devem ser publicados no exterior; a idéia não era criar um panteão literário", diz Corrêa do Lago. O "estímulo" da BN é um cheque de US$ 3.000 ao editor estrangeiro que se dispuser a publicar uma das obras da lista ou outra que receba a chancela do conselho.
O anúncio da ampliação do Programa de Apoio à Tradução, que já existia há cinco anos, causou polêmica nas semanas que antecederam a Flip. É que a Biblioteca investiu R$ 36 mil no projeto e na apresentação dele em Parati, o que incluiu a "importação" de 16 personalidades do universo do livro da França e da Espanha.
"Fui atacado como se tivesse pegando uma carona na Flip. Estou mesmo", diz Corrêa do Lago. "Nunca um evento reuniu no Brasil tantos estrangeiros importantes da área. Precisamos aproveitar para divulgar a nossa literatura. E não como se fazia antes, batendo nas portas lá no exterior."
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