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15/07/2004 - 07h42

Para curador, 26ª Bienal procura menos tecnologia e mais pintura

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JANAINA ROCHA
free-lance para a Folha

O tema da 26ª Bienal de São Paulo, que começa em 25 de setembro, é "Território Livre", mas a fala do seu curador, Alfons Hug, é, no entanto, mais rígida. As obras primam, segundo ele, pela recuperação da forma estética, "sem submetê-la" a discursos políticos e econômicos.

Se as questões sociais estiveram presentes em mostras mundiais recentes, como na última Documenta de Kassel, isso não deve se refletir na Bienal.

Para a construção de "um mundo paralelo", o das artes, Hug afirma que a escolha das obras deu-se como na exploração dos navegadores do século 16, atentos "aos tesouros". E por isso, talvez, haja uma seleção de nomes pouco conhecidos no Brasil, segundo ele. "A produção da chamada periferia tem melhorado muito, e fomos atrás do que é relevante e desconhecido por nós. Não posso simplesmente copiar a lista de Veneza ou de Kassel."

Para o curador, a pesquisa de artistas atingiu as "margens do mundo", os extremos culturais europeus (o leste, em especial), o sudeste asiático e o mundo árabe, como a presença de Abdullah Alsaadi, dos Emirados Árabes, descoberto na Bienal de Sharjah.

Se, por um lado, a curadoria da Bienal esteve atenta "ao que há de qualidade e atualidade no contexto dos 55 países envolvidos", o viés estético é algo rígido quando Hug fala que essa edição procurou menos tecnologia e mais pintura, fotografia e escultura.

"A pintura vive um bom momento na Europa Central e na América do Norte. Recupera um caráter artesanal e individual de sua realização", diz. Um exemplo é o trabalho de Julie Mehretu, americana de origem etíope. "Acho que essa Bienal está dando atenção a vários suportes, como o vídeo e a instalação, mas não a enxergo como lugar de novas tecnologias. Isso cabe ao Itaú Cultural."

O uso da madeira e de outros materiais orgânicos é outro elemento marcante, especialmente nas obras dos artistas brasileiros, como a "serpente" de 30 metros talhada em madeira de eucalipto pelo baiano Maxim Malhado.

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