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26/07/2004 - 19h01

Brasiléia surpreende grupo de teatro em viagem pelo interior do Brasil

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IVAN DELMANTO
especial para a Folha Online

A realidade de Brasiléia, última etapa da expedição do Teatro da Vertigem, surpreendeu os participantes da viagem. Em vez dos traços típicos de uma cidade fronteiriça, com uma única rua de terra e poucas casas, Brasiléia tem centro comercial variado e ruas bem cuidadas. Acompanhe:

Quinta-feira, 22/7/2004: Brasiléia

A chegada à última etapa da expedição foi surpreendente. Todos esperavam encontrar uma cidade marcada por sua condição de fronteira com a Bolívia, uma cidade pequena, com uma única rua de terra, poucas casas, levando os viajantes ao comércio de Cobija.

Brasiléia é muito mais do que isso. As ruas são bem cuidadas, com um centro comercial variado. A periferia, miserável e violenta, recebe, no entanto, uma atenção do poder público que é mínima, mas que não vimos em outros lugares: saneamento básico, centro cultural e ruas organizadas.

Há um confronto entre o tempo lento da cidade do interior, em que tudo pára durante o horário do almoço, em que os comerciantes dormem na beirada das lojas à espera de fregueses que nunca virão, e o tempo caos do desenvolvimento, em que a ponte que está sendo construída para ligar a cidade com Cobija, na Bolívia, é símbolo da cidade que é também tem trânsito constante, viagem dos negociantes mais diversos e dos traficantes de drogas.

Política Acreana

Os textos neste espaço vêm causando um certo reboliço em Rio Branco. Primeiro é preciso deixar claro que os textos são de responsabilidades exclusiva do autor e não refletem a opinião de todo o grupo, que é variada e conflitante, base principal para o nosso processo de criação.

A oposição ao Governo da Floresta apropriou-se de um de meus textos e publicou-o em um de seus jornalecos. Manifesto aqui o meu repúdio a este ato e o meu compromisso em relatar e refletir o que vi, sem nenhuma preocupação partidária, já que meus textos não condenam um ou outro governo, mas tentam fazer o balanço de uma situação histórica, apontando suas relações de força e seus agentes coletivos. Não posso aliar-me ao Governo da Floresta ou a seus opositores sem perder minha isenção e minha capacidade de perceber, no fluxo da história, seus mecanismos que passam longe da ação dos governos.

Ivan Delmanto é pesquisador e coordenador teórico e de dramaturgismo do projeto Vertigem BR3, do Teatro da Vertigem. Escreve periodicamente um "Diário de Viagem" para a Folha Online, narrando a experiência do grupo pelo interior do Brasil

Especial
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