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30/07/2004 - 05h51

Frank Oz perde o tom em "Mulheres Perfeitas"

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PEDRO BUTCHER
crítico da Folha

Foi tamanho o sucesso do livro "The Stepford Wives", de Ira Levin, lançado nos EUA em 1972, que o termo "stepford" foi incorporado à cultura americana, designando pessoas de ar robótico e conformistas em geral. O livro, é claro, foi transformado em filme em 1975, com a estrela do momento (Katharine Ross) no papel principal. Agora, ganhou uma nova e atualizada adaptação, "Mulheres Perfeitas", com a estrela do momento, Nicole Kidman.

Como uma versão suave de "Invasores de Corpos", ou uma variação pouco inspirada do genial "Eles Vivem", de John Carpenter, "Mulheres Perfeitas" é uma fábula feminista travestida de comédia/ficção científica. Imagine um paraíso suburbano dos EUA onde as mulheres foram transformadas em robôs. É para lá que se muda a inescrupulosa apresentadora de TV Joanna (Kidman), seu marido (Matthew Broderick) e dois filhos.

As mulheres-robôs são executivas redomesticadas como donas-de-casa perfeitas: sexies como bonecas infláveis, ágeis na cozinha como fornos de microondas e, mais incrível, um banco 24 horas que cospe dinheiro.

Com poucos momentos de fato cômicos, "Mulheres Perfeitas" poderia ser definido como robótico e conformista. Um dos problemas é o evidente anacronismo da trama. Para completar, a sátira social jamais se completa de fato e a pretensão de criticar a América suburbana esbarra no elogio de valores tão ou mais conservadores do que os criticados. Frank Oz, um bom diretor de comédias, não parece ter encontrado o tom, bem como o forte elenco, que traz ainda Bette Midler, Glenn Close e Christopher Walken.

Avaliação:

Mulheres Perfeitas (The Stepford Wives)
Produção: EUA, 2004
Direção: Frank Oz
Quando: a partir de hoje, nos cines HSBC Belas Artes, Bristol, Jardim Sul e circuito

Especial
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