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02/10/2000 - 08h53

Livro acusa americanos de cometerem genocídio em ianomamis

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da Deutsche Welle

A principal causa da morte de índios inamomamis na Amazônia, na década de 60, teria sido uma epidemia de sarampo, provocada por experiências de cientistas e antropólogos norte-americanos.

A suspeita foi formulada no livro "Darkness in El Dorado" (Treva no El Dorado), do autor americano Patrick Tierney, e já está provocando polêmica antes mesmo do seu lançamento.

Em 1968, um grupo de cientistas americanos partiu em expedição à região dos ianomamis, no sul da Venezuela. Eles estavam a serviço da Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos, que pretendia utilizar o sangue dos índios para realizar testes de radioatividade.

A expedição foi chefiada pelo geneticista James Neels, da Universidade de Michigan, um dos pioneiros da Genética, e pelo antropólogo Napoleon Cahgnon, hoje professor de Biologia Social na Universidade da Califórnia em Santa Bárbara.

Os cientistas vacinaram os ianomamis contra sarampo. Trouxeram 2.000 doses de vacina. Patrick Tierney defende no seu livro a teoria de que alguns índios foram contaminados pelo vírus do sarampo, gerando uma epidemia de massa entre os ianomamis.

Mas, ao invés de ajudarem a curar os índios, os cientistas americanos preferiram estudar o desenvolvimento da doença.

A Associação Americana de Antropologia (AAA) foi cautelosa em comentar o livro, afirmando que se tratam de acusações formuladas pelo autor, mas anunciou uma discussão aberta durante a próxima reunião, em São Francisco.

A Associação citou um trecho do seu código de ética que diz o seguinte: "Antropólogos têm de zelar para que suas presquisas não violem a segurança, a dignidade e a privacidade dos povos com os quais eles trabalham."

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