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09/08/2004 - 08h45

"Riso Rebolado" visita o teatro de revista

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da Folha de S.Paulo

"Desculpem-me, mas até hoje não vi época igual àquela", diz a cantora e dançarina Salomé Parísio, 83, uma das ex-vedetes da peça "Um Milhão de Mulheres", montada no Rio de Janeiro no final da década de 40.

Parísio participa hoje de bate-papo com o público na abertura do projeto "O Riso Rebolado - Do Teatro de Revista às Chanchadas Brasileiras", no Sesc Consolação, precedido da apresentação de "Revistando o Teatro de Revista", versão pocket do espetáculo homônimo de Neyde Veneziano e Perito Monteiro, de 1988.

Hoje moradora em São Paulo, a pernambucana Salomé Parísio trabalhou no Rio, se apresentou no exterior e pertence ao time de atrizes como Virgínia Lane, Elvira Pagã, Luz Del Fuego, Mara Rúbia, Angelita Martinez, Renata Fronzie e Dercy Gonçalves, estrelas de um gênero que sublimou características de uma identidade brasileira, para bem e para mal.

"Expressões como "Deus é brasileiro" e "Tudo acaba em samba" vêm do teatro de revista. É também dentro desse gênero que desponta o típico humor brasileiro de rir de si mesmo, de se avacalhar, de não se levar muito a sério, o que é típico da gente", diz a diretora e pesquisadora Neyde Veneziano, 55.

Ela tem dois livros publicados sobre a história do teatro de revista e prepara um terceiro, com recorte paulista, cujo lançamento prevê para outubro.

Em linhas gerais, o gênero que passa em revista principais acontecimentos do ano anterior brotou no país em meados do século 19, derivado dos vaudevilles de Paris; experimentou o apogeu entre os anos 20 e 30 do século seguinte, ancorado sobretudo no Rio de Janeiro, e viveu sua decadência a partir dos anos 1960, ainda que inspire, aqui e ali, a produção artística atual.

Outras mídias

Para conjugar informação e diversão sobre a revista, o Sesc Consolação apresenta, durante 19 dias, shows musicais, esquetes teatrais, exposição de fotos, mostra de vídeos, ambientação, oficina, palestras e debates.

O evento, que é coordenado por Sérgio Luís de Oliveira, marca também os quatro anos do projeto "Reflexos de Cena".

Entre os participantes, estão os cantores Eduardo Dusek, Maria Alcina, Yvete Mattos, Henrique Cazes, os conjuntos Língua de Trapo, Choro Rasgado, Quinteto em Branco e Preto, além das companhias teatrais As Graças, dos Títeres e da Revista.

A mostra de vídeo do evento traz chanchadas produzidas na Atlântida nas décadas de 40 e 50, como "Nem Sansão nem Dalila", filme dirigido por Carlos Manga, com Oscarito.

Uma ambientação cenográfica ocupará o hall de convivência do Sesc Consolação e outros pontos do prédio, com imagens que são ícones da época, chamando a atenção do público para a programação e a linguagem. Haverá ainda uma exposição de fotos de artistas, teatros e montagens.

Especial
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