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12/08/2004 - 05h53

Peça "Tauromaquia" mira clausura do masculino

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VALMIR SANTOS
da Folha de S.Paulo

Em "Sacromaquia", texto de Toscano, a cia. Teatro Balagan (em russo, uma forma de teatro popular e, em árabe, sinônimo de confusão ou baderna), tratava da clausura humana segundo a experiência do feminino.

Agora, em "Tauromaquia", de Alessandro Toller, sob coordenação dramatúrgica de Luís Alberto de Abreu, a cia. da diretora Maria Thaís contempla o enclausuramento masculino. Como metáfora, há o universo do sertão e a figura do vaqueiro.

Uma comitiva de vaqueiros reúne-se para uma travessia de boi pelo sertão. No percurso da viagem revelam-se a humanidade e a animalidade do homem. Segundo Thaís, a travessia do sertão é um labirinto sem fronteiras que metaforiza a passagem do homem pela sua própria vida.

"Tauromaquia" é uma expressão do latim, junção de "tauro" (touro) e "maquia" (esforço para tornar-se). Daí a simbiose com "Sacromaquia", de junção de "sacro" (sagrado) e "maquia" (esforço para tornar-se), que relatava a vida no claustro.

A nova montagem aprofunda conteúdos e técnicas daquela, tomando como base narrativa escritas e orais surgidas em regiões da Bahia, Minas, Goiás, Pernambuco, Alagoas e outros Estados com atividade ligadas à pecuária. "Não se quer discorrer sobre os gêneros, homem ou mulher, mas sobre a poesia e a angústia desses sentimentos em torno da clausura, do ir e vir", afirma a diretora.

TAUROMAQUIA. De: Alessandro Toller. Coordenação de dramaturgia: Luís Alberto de Abreu. Direção: Maria Thaís. Com cia. Teatro Balagan. Onde: teatro Sesc Anchieta (r. Dr. Vila Nova, 245, tel. 0/xx/11/3234-3000). Quando: estréia hoje, às 21h; sex. e sáb, às 21h; dom., às 20h; até 19/9. Quanto: R$ 20.

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