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18/08/2004 - 05h30

Artes chinesas desembarcam no Brasil

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CLÁUDIA TREVISAN
da Folha de S.Paulo, em Pequim

A China escolheu o Brasil para realizar sua mais importante mostra cultural no exterior durante este ano, com um pacote que inclui artes plásticas, dança moderna, música, fotografia, acrobacia e kung fu.

Os espetáculos serão realizados em novembro, para marcar os 30 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países, que se completaram no último dia 15 de agosto.

Batizado de "Sentimentos sobre a China", o evento é visto pelo governo chinês como a mais importante apresentação de arte nacional já realizada na América do Sul.

As atividades serão concentradas em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília e terão um custo de aproximadamente US$ 2 milhões, bancados pelo governo da China.

O espetáculo que promete atrair o maior público é a apresentação de kung fu, arte marcial que ganhou as telas de cinema em filmes como "O Tigre e o Dragão", de Ang Lee, "Kill Bill", de Quentin Tarantino, e "The House of Flying Dagers", de Zhang Yimou, que ainda não tem previsão de estréia no Brasil.

Os protagonistas são monges do templo budista Shaolin, que há 1.500 anos desenvolvem o uso da arte marcial como um dos mecanismos de autocontrole exigido pela religião oriental. Os monges já se apresentaram na Europa e nos Estados Unidos, mas nunca estiveram na América do Sul.

Diálogo com o mundo

Desde 1999, a China realiza a cada ano uma grande exposição cultural fora de suas fronteiras, dentro do enorme esforço de relações públicas empreendido pelo governo nos últimos anos.

O primeiro destino desse tipo de mostra foi Paris, que sediou uma semana de arte chinesa em 1999. Depois vieram Estados Unidos e outros países da Europa. No ano passado, o país escolhido foi a Rússia, com uma grande exposição em São Petersburgo.

"Esse evento será a mais importante atividade cultural entre Brasil e China realizada até hoje", disse a jornalistas brasileiros Hu Weiping, diretor-geral do Ministério da Informação do Conselho de Estado, organismo responsável pelo evento.

Hu esteve no Brasil no mês passado para discutir detalhes das exposições e dos espetáculos. Na área de artes plásticas, serão apresentadas 200 peças do Museu de Artesanato e Belas Artes da China e fotografias dos 30 monumentos chineses classificados como patrimônios da humanidade.

A programação musical prevê o encontro de artistas chineses e brasileiros, que tocarão peças do repertório de ambos os países. O Grupo de Dança Moderna de Beijing, criado em 1995, apresentará o espetáculo "Música Antiga, Sagração à Primavera", dividido em duas partes: na primeira, são utilizadas composições antigas do Iraque, Egito, Índia, Grécia e China e, na segunda, a obra do russo Igor Stravinsky (1882-1971).

Ao lado kung fu, o programa mais popular deverá ser o dos acrobatas chineses, que já se apresentaram três vezes no Brasil. Segundo o Ministério da Informação, o grupo esteve 500 vezes no exterior e atraiu um público de 420 mil pessoas.

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