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10/09/2004
-
03h38
DIEGO ASSIS
da Folha de S.Paulo
Deve ser alguma coisa na água. A prolífica "cena" de Belford Roxo, que já expeliu ao mundo gente como Cidade Negra e O Rappa, continua dando seus frutos. É o Maria Preta, que acaba de botar "Cabeça, Tronco e Membro" para fora via Sum Records.
Com pinta de reggae, suíngue brasileiro, mas atitude rock'n'roll, a banda foi formada há sete anos, ainda como Cinco Quilates, sob encomenda de uma gravadora pequena do Rio. "A banda tinha sido montada com os músicos escolhidos a dedo. Isso tem 98% de chance de não dar certo", confessa Santo, 25, vocalista do grupo.
Enquanto faziam o circuito barzinho-ônibus-festival, Santo e seus comparsas --Mauro, Márcio, João Mathias e Naltinho-- foram descobertos por Marcos Hermes, da Sum, que resolveu bancar a gravação do disco, de 14 faixas (mais o videoclipe de "Abismo").
"Mudamos totalmente nossa cara. Antes era soul e reggae, mas começamos a nos envolver com ONGs e resolvemos seguir num som mais rock. Sou roqueiro desde moleque", diz Santo, que, entre as vantagens da nova empreitada, destaca o encontro com os ídolos de infância do Living Colour.
O engajamento não fica só no discurso. Inspirados no Afro Reggae, os rapazes do Maria Preta ajudam a Flor de Bel, onde há aulas de dança, capoeira, futebol e artesanato. O próximo passo é ensinar a batucar, tocar guitarra e escrever. "Tudo quanto é tipo de som alternativo para chegar aqui na baixada é mais complicado. E o reggae, quando bateu aqui, virou febre. Os moleques começaram a tocar reggae na rua. Passou de geração em geração", lembra. "Trabalhar com música, para nós, é trabalhar com um sonho."
Em tempo: tem disco novo do Cidade Negra na área. Ainda que fique ali, sempre próximo às raízes do reggae, "Perto de Deus" também não guarda muita distância do pop, mistura que consagrou a banda de Da Gama e Garrido ao longo de todos esses anos. Mantém a tradição com "Selva de Pedra", traduzindo "Concrete Jungle", de Marley, mas não se furta a flertar com o novo, como em "Homem que Faz a Guerra", reggae-rap com Rappin" Hood. Jah é brasileiro em Belford Roxo.
Cabeça, Tronco e Membro
Artista: Maria Preta
Lançamento: Sum Records
Quanto: R$ 30, em média
Perto de Deus
Artista: Cidade Negra
Lançamento: Sony Music
Quanto: R$, 30 em média
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Cidade Negra
Belford Roxo dá novos frutos musicais
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da Folha de S.Paulo
Deve ser alguma coisa na água. A prolífica "cena" de Belford Roxo, que já expeliu ao mundo gente como Cidade Negra e O Rappa, continua dando seus frutos. É o Maria Preta, que acaba de botar "Cabeça, Tronco e Membro" para fora via Sum Records.
Com pinta de reggae, suíngue brasileiro, mas atitude rock'n'roll, a banda foi formada há sete anos, ainda como Cinco Quilates, sob encomenda de uma gravadora pequena do Rio. "A banda tinha sido montada com os músicos escolhidos a dedo. Isso tem 98% de chance de não dar certo", confessa Santo, 25, vocalista do grupo.
Enquanto faziam o circuito barzinho-ônibus-festival, Santo e seus comparsas --Mauro, Márcio, João Mathias e Naltinho-- foram descobertos por Marcos Hermes, da Sum, que resolveu bancar a gravação do disco, de 14 faixas (mais o videoclipe de "Abismo").
"Mudamos totalmente nossa cara. Antes era soul e reggae, mas começamos a nos envolver com ONGs e resolvemos seguir num som mais rock. Sou roqueiro desde moleque", diz Santo, que, entre as vantagens da nova empreitada, destaca o encontro com os ídolos de infância do Living Colour.
O engajamento não fica só no discurso. Inspirados no Afro Reggae, os rapazes do Maria Preta ajudam a Flor de Bel, onde há aulas de dança, capoeira, futebol e artesanato. O próximo passo é ensinar a batucar, tocar guitarra e escrever. "Tudo quanto é tipo de som alternativo para chegar aqui na baixada é mais complicado. E o reggae, quando bateu aqui, virou febre. Os moleques começaram a tocar reggae na rua. Passou de geração em geração", lembra. "Trabalhar com música, para nós, é trabalhar com um sonho."
Em tempo: tem disco novo do Cidade Negra na área. Ainda que fique ali, sempre próximo às raízes do reggae, "Perto de Deus" também não guarda muita distância do pop, mistura que consagrou a banda de Da Gama e Garrido ao longo de todos esses anos. Mantém a tradição com "Selva de Pedra", traduzindo "Concrete Jungle", de Marley, mas não se furta a flertar com o novo, como em "Homem que Faz a Guerra", reggae-rap com Rappin" Hood. Jah é brasileiro em Belford Roxo.
Cabeça, Tronco e Membro
Artista: Maria Preta
Lançamento: Sum Records
Quanto: R$ 30, em média
Perto de Deus
Artista: Cidade Negra
Lançamento: Sony Music
Quanto: R$, 30 em média
Especial
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