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20/09/2004
-
09h28
THIAGO NEY
da Folha de S.Paulo
"Put your hands up." O pedido para levantar as mãos, típico dos shows de rap, foi repetido à exaustão por 50 Cent, na madrugada de ontem, no Pacaembu, em São Paulo. E era sempre atendido pelas 20 mil pessoas que compareceram ao festival Chimera.
Artista consagrado pelos jovens nos EUA (seu disco "Get Rich or Die Tryin" vendeu mais de 5 milhões de cópias no país), esta foi a primeira apresentação do cantor no Brasil. Antes do norte-americano, subiram ao palco O Rappa, Marcelo D2, Rappin" Hood, Helião e Negra Li.
O público no Pacaembu era dos mais diversificados: desde patricinhas vestidas com roupas e sapatos caros até fanáticos fãs de hip hop da periferia, com calças e camisas largas, estampando seus rappers preferidos. Parece que apenas a organização do evento trabalhou contra essa mistura, ao colocar bem em frente ao palco --ou seja, no melhor local-- uma área "VIP" para seus convidados.
Mas o que mais chamava a atenção era a quantidade de crianças. "Tive que chegar aqui às 16h", disse a enfermeira Zakia Seno Alfieri, 45, que, das numeradas, acompanhava seus dois filhos --uma de 11 e um de 15 anos--, uma amiga e outros cinco adolescentes. "Pensei: "Será que vou agüentar?". Mas está sendo ótimo. É uma maneira de estreitar vínculos com os filhos. Alguns rappers extrapolam, mas não vejo muitos problemas."
Um dos maiores expoentes do gangsta rap (que adora exaltar nas letras a violência e um certo machismo), 50 Cent até que não extrapolou muito no show, que começou à 0h10. O único momento polêmico foi quando disse que "a melhor coisa que encontrou no Brasil foi a maconha. Uma das melhores do mundo".
50 Cent mostrou-se mais um entertainmer do que um rapper desbocado. Em uma hora de apresentação, pulava, fazia piadas e atirava camisetas e toalhas.
O show foi baseado nas músicas de "Get Rich...", como o megahit "In da Club" e "Wanksta", canção em que ele brinca com os rappers que fingem serem "gangsta". Abriu espaço também para uma homenagem a Tupac Shakur e Notorius BIG, rappers que foram assassinados nos anos 90 e que, suspeita-se, a morte de um tenha relação com a do outro, e para um divertido cover de "Work It", de Missy Elliott.
Após alguma chuva e com as músicas conhecidas se esgotando, a apresentação de 50 Cent --que estava acompanhado por um DJ e pelo MC Loyd Banks, de seu grupo G Unit-- foi ficando morna. No final, após bradar "put your hands up" pela 590ª vez, mais ou menos, despediu-se atirando seus tênis à platéia.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o rapper 50 Cent
Leia o que já foi publicado sobre o Chimera Music Festival
Rapper 50 Cent leva 20 mil a estádio em São Paulo
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da Folha de S.Paulo
"Put your hands up." O pedido para levantar as mãos, típico dos shows de rap, foi repetido à exaustão por 50 Cent, na madrugada de ontem, no Pacaembu, em São Paulo. E era sempre atendido pelas 20 mil pessoas que compareceram ao festival Chimera.
Artista consagrado pelos jovens nos EUA (seu disco "Get Rich or Die Tryin" vendeu mais de 5 milhões de cópias no país), esta foi a primeira apresentação do cantor no Brasil. Antes do norte-americano, subiram ao palco O Rappa, Marcelo D2, Rappin" Hood, Helião e Negra Li.
O público no Pacaembu era dos mais diversificados: desde patricinhas vestidas com roupas e sapatos caros até fanáticos fãs de hip hop da periferia, com calças e camisas largas, estampando seus rappers preferidos. Parece que apenas a organização do evento trabalhou contra essa mistura, ao colocar bem em frente ao palco --ou seja, no melhor local-- uma área "VIP" para seus convidados.
Mas o que mais chamava a atenção era a quantidade de crianças. "Tive que chegar aqui às 16h", disse a enfermeira Zakia Seno Alfieri, 45, que, das numeradas, acompanhava seus dois filhos --uma de 11 e um de 15 anos--, uma amiga e outros cinco adolescentes. "Pensei: "Será que vou agüentar?". Mas está sendo ótimo. É uma maneira de estreitar vínculos com os filhos. Alguns rappers extrapolam, mas não vejo muitos problemas."
Um dos maiores expoentes do gangsta rap (que adora exaltar nas letras a violência e um certo machismo), 50 Cent até que não extrapolou muito no show, que começou à 0h10. O único momento polêmico foi quando disse que "a melhor coisa que encontrou no Brasil foi a maconha. Uma das melhores do mundo".
50 Cent mostrou-se mais um entertainmer do que um rapper desbocado. Em uma hora de apresentação, pulava, fazia piadas e atirava camisetas e toalhas.
O show foi baseado nas músicas de "Get Rich...", como o megahit "In da Club" e "Wanksta", canção em que ele brinca com os rappers que fingem serem "gangsta". Abriu espaço também para uma homenagem a Tupac Shakur e Notorius BIG, rappers que foram assassinados nos anos 90 e que, suspeita-se, a morte de um tenha relação com a do outro, e para um divertido cover de "Work It", de Missy Elliott.
Após alguma chuva e com as músicas conhecidas se esgotando, a apresentação de 50 Cent --que estava acompanhado por um DJ e pelo MC Loyd Banks, de seu grupo G Unit-- foi ficando morna. No final, após bradar "put your hands up" pela 590ª vez, mais ou menos, despediu-se atirando seus tênis à platéia.
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