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01/10/2004 - 07h04

"A Dona da História" aposta em química entre atrizes

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CHRISTIAN PETERMANN
do Guia da Folha

Na condição de diretor artístico (e um dos fundadores) da Globo Filmes, Daniel Filho está envolvido com dois dos títulos brasileiros mais assistidos em 2004, "Cazuza - O Tempo Não Pára" e "Sexo, Amor e Traição". Seu lado cineasta poderá agora contribuir com essa lista de campeões de bilheteria com a estréia de "A Dona da História", a bem-sucedida adaptação para as telas da peça homônima de João Falcão, dirigida por ele.

Depois de conquistar mais de 1,5 milhão de espectadores com o irregular "A Partilha", igualmente uma adaptação teatral, o diretor elabora aqui, com Falcão e João Emanuel Carneiro, um roteiro que enriquece e aperfeiçoa o texto original. O filme é um upgrade inspirado da premissa segundo a qual a protagonista, Carolina, passa por uma crise existencial e imagina como teria sido sua vida caso tivesse tomado outros rumos. No processo, ela conversa consigo mesma, 30 anos mais nova. Nesse sentido, é imprescindível que a química entre as duas atrizes escolhidas funcione com perfeição. Felizmente, a grande dama Marieta Severo ("Cazuza"), aqui em uma de suas melhores interpretações em cinema, combina bem com Débora Falabella, que não compromete com sua interpretação nos mesmos moldes de "Lisbela e o Prisioneiro".

Com diálogos bem escritos e naturais, que incrementam cenas hilariantes --como a da peça teatral de vanguarda e a da discussão em torno da expressão "a nível de"--, o roteiro se mantém fiel ao espírito feminino do texto, mas explora a contento nuances mais universais. Apoiado numa boa produção e num elenco de categoria, no qual se destaca ainda um cativante Rodrigo Santoro, Daniel Filho realizou uma obra redonda, um perfeito exemplar de cinema comercial no que ele tem e pode oferecer de melhor.

Especial
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