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30/10/2004 - 16h11

Três filmes brasileiros disputam prêmios da Mostra BR de Cinema

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JANAINA FIDALGO
da Folha Online

O longa-metragem "Vida de Menina", de Helena Solberg, e os documentários "Estamira", de Marcos Prado, e "Fabio Fabuloso", de Pedro Cezar, Ricardo Bocão e Antonio Ricardo, são os três filmes brasileiros que disputam este ano o Troféu Bandeira Paulista, concedido pela 28ª Mostra BR de Cinema a diretores com até três longas em seu currículo.

Competiam na categoria 116 filmes. A lista foi divulgada hoje à tarde no Terraço Itália (região central de São Paulo).

Os 12 longas e três documentários selecionadas entre os participantes da Competição Novos Diretores foram as produções melhores avaliadas pelo público. A cada sessão, os freqüentadores da Mostra são convidados a dar uma nota de 1 a 5 aos filmes exibidos durante as duas semanas do evento. Cabe agora ao júri oficial apontar os vencedores.

Para o diretor da Mostra, Leon Cakoff, o método de avaliação adotado pelo festival desde sua primeira edição é o mais democrático. "Decidimos delegar ao público os prêmios que tínhamos", disse.

Ao comentar a importância dos espectadores na pré-seleção dos filmes, Cakoff recordou um artigo publicado no período militar pelo "Jornal do Brasil". O texto, segundo ele, afirmava que o único local no país onde se podia votar era na Mostra.

Sobre a presença de três produções brasileiras na competição, Cakoff disse estar muito feliz pelo momento que o cinema nacional atravessa. "[O cinema] está despertando para a diversidade. Não é preciso ter um orçamento trilionário para ser bom. A sensibilidade vem em primeiro plano, não o orçamento."

A diversidade cultural foi apontada pelo ator francês e membro da Societé Parisienne d'Images Nouvelles Philippe Maynial, que participa do júri da Mostra, como um caminho para sobreviver à hegemonia da indústria cinematográfica norte-americana. Para ele, a Mostra segue essa nova visão de estimular diferentes culturas.

A opinião de Maynial é compartilhada pelo cineasta brasileiro Cacá Diegues, para quem os festivais são um "ponto de resistência". Segundo o diretor, a Mostra oferece a chance da descoberta de novos diretores e cinematografias.

"Quando o Leon me convidou para participar do júri, eu disse: 'Oba! Vou em uma semana poder me atualizar sobre as produções mundiais'".

Este ano, o júri da Mostra é formado pelos cineastas Cacá Diegues (Brasil), Abolfazl Jalili (Irã), Fridrik Thor Fridriksson (Islândia), George Sluizer (França) e Teresa Villaverde (Portugal), a produtora Elisa Resegotti (Itália) e o ator Philippe Maynial (França).

Veja quais são os filmes indicados pelo público e que serão agora avaliados pelo júri:

Longas-metragens

- "Amor em Pensamentos", de Achim von Borries (Alemanha)
- "Camelos Também Choram", de Byambasuren Davaa e Luigi Falorni (Alemanha e Mongólia)
- "Dois Anjos", de Mamad Haghighat (França e Irã)
- "Família Rodante", de Pablo Trapero (Argentina, Brasil, França, Alemanha, Espanha e Inglaterra)
- "Maria Cheia de Graça", de Joshua Marston (EUA e Colômbia)
- "Nas Suas Mãos", de Annette K. Olesen (Dinamarca)
- "O Revólver Amado", de Kensaku Watanabe (Japão)
- "Punto Y Raya", de Elia Schneider (Venezuela e EUA)
- "Questão de Imagem", de Agnès Jaoui (França)
- "Segredos de Família", de Jordan Roberts (EUA)
- "Tartarugas Podem Voar", de Bahman Ghobadi (Irã e Afeganistão)
- "Vida de Menina", de Helena Solberg

Documentários

- "Estamira", de Marcos Prado
- "Fabio Fabuloso", de Pedro Cezar, Ricardo Bocão e Antonio Ricardo
- "Música Cubana", de German Kral (Cuba e Alemanha)

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