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05/11/2004 - 19h00

Escritora austríaca grava vídeo para ser exibido durante entrega do Nobel

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da France Presse, em Viena

A escritora austríaca Elfriede Jelinek, Nobel de Literatura 2004, enviará um vídeo para Estocolmo para que seja exibido em sua ausência durante a entrega do prêmio.

"Eu gravei meu discurso aqui em Viena na semana passada. Foi feito pela televisão sueca e será exibido [na cerimônia de entrega dos prêmios Nobel, em 10 de dezembro]", disse Jelinek.

"Eu fiz isto porque não posso ir à Suécia por causa de minha 'fobia social'. Eu não suporto multidões."

Um mês depois de ganhar o Nobel, a escritora de "Die Klavierspielerin" (A Pianista) disse que o prêmio ainda lhe traz dúvidas e insegurança.

"A alegria virá depois. Coisas como este prêmio me lançam em meio ao público e eu não posso suportar estar sob os holofotes. Espero que isto acabe um dia e eu possa ter minha vida de volta. Eu quero minha vida de volta", disse.

Famosa e freqüentemente criticada em sua terra-natal por denunciar políticos de extrema-direita e a opressão de gênero, Jelinek está pensando em escrever outro romance gótico como "Die Kinder der Toten" (Filhos dos Mortos), que trata do passado nazista da Áustria.

Segundo ela, o prêmio de US$ 1,3 milhões do Nobel diminuiu a pressão para escrever, mas ela disse sentir que a resposta ao prêmio foi muito negativa, citando um artigo publicado no semanário alemão "Der Spiegel".

"Eles disseram que eu não o mereço porque sou uma escritora local. Talvez estejam certos", disse.

Mas sua editora, a alemã Rowohlt, disse hoje que 220 mil cópias de seus romances foram vendidas no mundo germânico desde o anúncio do prêmio, em 7 de outubro.

"É um aumento e tanto", disse Regina Steinicke, porta-voz da Rowohlt, que acrescentou que também houve um crescimento do interesse de editoras de língua estrangeira que esperam para traduzir os trabalhos da escritora.

"Assinamos três contratos durante a feira de Frankfurt com editoras da Noruega, Finlândia e Espanha e houve muito interesse dos Estados Unidos, Inglaterra, Grécia e Itália."

A Rowohlt informou, no entanto, que o best-seller continua sendo "The Piano Teacher", a história amplamente autobiográfica de uma mulher assustada pelo relacionamento abusivo com sua mãe, que foi adaptado para o cinema no premiado "A Professora de Piano", do austríaco Michael Haneke.
 

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