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08/11/2004
-
12h10
GUILHERME GORGULHO
da Folha Online
Com movimentos contidos, timidamente alegre, mas musicalmente grandioso, o ex-líder dos Beach Boys Brian Wilson promoveu uma verdadeira festa na noite de encerramento do Tim Festival, ontem em São Paulo, com uma coleção de hits que ergueu e colocou para dançar as cerca de 2.000 pessoas presentes no TIM Stage.
Atuando como uma espécie de maestro, ele passou a maior parte do seu primeiro show no Brasil sentado em seu teclado, que serviu mais para apoiar um teleprompter --em que ele lia as letras das músicas--, do que para emitir notas musicais. Apesar de se limitar ao microfone, Wilson é muito bem assessorado por uma banda de dez integrantes, que executam com muita fidelidade e competência as intrincadas melodias moldadas pela cabeça do gênio criativo dos Beach Boys.
Brian Wilson, 62, não parece muito à vontade sobre o palco. Depois de tantos anos distante do showbizz, ele ainda continua sua terapia musical, que contribuiu para tirá-lo do abismo emocional em que se meteu nas últimas décadas. Após um colapso nervoso em 1966, ele abortou o projeto do disco "Smile" --que seria o sucessor de "Pet Sounds"-- e deixou fãs ansiosos por conhecer a obra completa por mais de 30 anos.
Vendido pela produção do Tim Festival como o show da turnê de "Smile" --lançado finalmente em setembro deste ano--, a apresentação de Wilson foi um apanhado de clássicos da carreira do compositor --como "Sloop John B", "I Get Around" e "Wouldn't It Be Nice"-- e alguns números de seus discos solo, mas não foi a anunciada apresentação de quase três horas --que teria até intervalo-- com a versão completa de "Smile".
Mesmo assim, o show não decepcionou a platéia brasileira --entre eles fãs ilustres, como o ministro da Cultura, Gilberto Gil, e o cantor Herbert Vianna. No repertório, vieram quase todas as esperadas peças da trilha sonora da surf music, como "Surfer Girl", "Surfin' USA" e "California Girls".
Limitando-se a se comunicar com a platéia com um invariável "obrigado", Wilson começou o show tenso, mas acabou animado, dando até pulinhos no palco e pegando seu baixo para tocar, no bis, "Barbara Ann" e "Surfin' USA".
Destaque para o belo trabalho vocal do grupo de Brian Wilson, especialmente em "Heroes and Villains", para a psicodélica "Good Vibrations" e para a romântica "God Only Knows", anunciada por Wilson como "a canção favorita de Paul McCartney".
Leia mais
Veja as músicas apresentadas por Brian Wilson no Tim Festival
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Brian Wilson
Brian Wilson promove festa da surf music no Tim Festival
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da Folha Online
Com movimentos contidos, timidamente alegre, mas musicalmente grandioso, o ex-líder dos Beach Boys Brian Wilson promoveu uma verdadeira festa na noite de encerramento do Tim Festival, ontem em São Paulo, com uma coleção de hits que ergueu e colocou para dançar as cerca de 2.000 pessoas presentes no TIM Stage.
Atuando como uma espécie de maestro, ele passou a maior parte do seu primeiro show no Brasil sentado em seu teclado, que serviu mais para apoiar um teleprompter --em que ele lia as letras das músicas--, do que para emitir notas musicais. Apesar de se limitar ao microfone, Wilson é muito bem assessorado por uma banda de dez integrantes, que executam com muita fidelidade e competência as intrincadas melodias moldadas pela cabeça do gênio criativo dos Beach Boys.
Brian Wilson, 62, não parece muito à vontade sobre o palco. Depois de tantos anos distante do showbizz, ele ainda continua sua terapia musical, que contribuiu para tirá-lo do abismo emocional em que se meteu nas últimas décadas. Após um colapso nervoso em 1966, ele abortou o projeto do disco "Smile" --que seria o sucessor de "Pet Sounds"-- e deixou fãs ansiosos por conhecer a obra completa por mais de 30 anos.
Vendido pela produção do Tim Festival como o show da turnê de "Smile" --lançado finalmente em setembro deste ano--, a apresentação de Wilson foi um apanhado de clássicos da carreira do compositor --como "Sloop John B", "I Get Around" e "Wouldn't It Be Nice"-- e alguns números de seus discos solo, mas não foi a anunciada apresentação de quase três horas --que teria até intervalo-- com a versão completa de "Smile".
Mesmo assim, o show não decepcionou a platéia brasileira --entre eles fãs ilustres, como o ministro da Cultura, Gilberto Gil, e o cantor Herbert Vianna. No repertório, vieram quase todas as esperadas peças da trilha sonora da surf music, como "Surfer Girl", "Surfin' USA" e "California Girls".
Limitando-se a se comunicar com a platéia com um invariável "obrigado", Wilson começou o show tenso, mas acabou animado, dando até pulinhos no palco e pegando seu baixo para tocar, no bis, "Barbara Ann" e "Surfin' USA".
Destaque para o belo trabalho vocal do grupo de Brian Wilson, especialmente em "Heroes and Villains", para a psicodélica "Good Vibrations" e para a romântica "God Only Knows", anunciada por Wilson como "a canção favorita de Paul McCartney".
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