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25/01/2005
-
22h21
CAMILA MARQUES
da Folha Online
A tradicional irreverência da marca Cavalera, criada pelo baterista Igor Cavalera, do Sepultura, deu o tom do último desfile da São Paulo Fashion Week, encerrada hoje no Pavilhão da Bienal, no Ibirapuera. A começar pela passarela, montada sobre um galinheiro.
Os lemas "Humor com Amor" e "Luxo Para Todos" foram os escolhidos para a coleção de inverno. E como a Cavalera sempre gosta de contar histórias, a família real imperial e a pátria de hoje foram lembradas.
Ao celebrar o luxo das coisas simples, como sempre a camiseta foi eleita o carro-chefe. A peça apareceu com muito brilho, das lantejoulas e do glitter. A top model Caroline Ribeiro, nova garota-propaganda da marca, desfilou usando uma, além de uma coroa --o objetivo foi relembrar D. Maria I, mais conhecida como D. Maria Louca.
O discurso contestador, claro, teve espaço. Com o objetivo de "incitar a audácia e o envolvimento político", a Cavalera clamou por "voluntários da pátria" em suas estampas de camisetas masculinas. Outra versão apareceu com a famosa "tupi or not tupi".
Na versão feminina, as palavras "me deixa louca, mas não me deixa" deram espaço à dupla interpretação, mas queriam se referir, na verdade, à pátria brasileira.
Em relação às modelagens, os estilistas da grife apostaram na sofisticação das mangas e aplicação de golas vitorianas, inclusive em camisas grunges. Os detalhes apareceram em tecidos democráticos, como a meia-malha e o moletom.
Os vestidos e saias mostrados eram bufantes, lembrando vestidos de época. Porém, muito mais coloridos. Para eles, jeans apertados e blazers com botões dourados. Para elas, jeans com babados na parte de trás e bumbum à mostra.
A cartela de cores trouxe pérola, azul turquesa, rosa, amarelo, coral, bordô, verde império e mescla. Os tecidos variaram de flanela xadrez, veludo, helanca e moletom ao brocado de seda, tule de seda, cetim e mousseline.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a SPFW
Leia mais notícias no especial São Paulo Fashion Week 2005
Cavalera encerra SP Fashion Week com lema "luxo para o povo"
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A tradicional irreverência da marca Cavalera, criada pelo baterista Igor Cavalera, do Sepultura, deu o tom do último desfile da São Paulo Fashion Week, encerrada hoje no Pavilhão da Bienal, no Ibirapuera. A começar pela passarela, montada sobre um galinheiro.
Os lemas "Humor com Amor" e "Luxo Para Todos" foram os escolhidos para a coleção de inverno. E como a Cavalera sempre gosta de contar histórias, a família real imperial e a pátria de hoje foram lembradas.
Ao celebrar o luxo das coisas simples, como sempre a camiseta foi eleita o carro-chefe. A peça apareceu com muito brilho, das lantejoulas e do glitter. A top model Caroline Ribeiro, nova garota-propaganda da marca, desfilou usando uma, além de uma coroa --o objetivo foi relembrar D. Maria I, mais conhecida como D. Maria Louca.
O discurso contestador, claro, teve espaço. Com o objetivo de "incitar a audácia e o envolvimento político", a Cavalera clamou por "voluntários da pátria" em suas estampas de camisetas masculinas. Outra versão apareceu com a famosa "tupi or not tupi".
Na versão feminina, as palavras "me deixa louca, mas não me deixa" deram espaço à dupla interpretação, mas queriam se referir, na verdade, à pátria brasileira.
Em relação às modelagens, os estilistas da grife apostaram na sofisticação das mangas e aplicação de golas vitorianas, inclusive em camisas grunges. Os detalhes apareceram em tecidos democráticos, como a meia-malha e o moletom.
Os vestidos e saias mostrados eram bufantes, lembrando vestidos de época. Porém, muito mais coloridos. Para eles, jeans apertados e blazers com botões dourados. Para elas, jeans com babados na parte de trás e bumbum à mostra.
A cartela de cores trouxe pérola, azul turquesa, rosa, amarelo, coral, bordô, verde império e mescla. Os tecidos variaram de flanela xadrez, veludo, helanca e moletom ao brocado de seda, tule de seda, cetim e mousseline.
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