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19/02/2005 - 19h09

Filme sul-africano vence Festival de Berlim

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da France Presse, em Berlim

O filme "U-Carmen e Khayelitsha" conquistou neste sábado o Urso de Ouro de melhor filme no Festival de Berlim. A produção sul-africana é uma transposição explosiva da ópera "Carmen" de George Bizet para uma favela da Cidade do Cabo.

O país anfitrião, por sua vez, se consolou com os prêmios de melhor diretor e melhor atriz.

O cineasta britânico Mark Dornford-May, que já havia montado "Carmen" num palco da África do Sul, conseguiu de maneira brilhante ao adaptar a obra ao contexto sul-africano os amores de Carmen e de Don José, uma das óperas mais populares do mundo.

Outra revolução: os textos da ópera foram traduzidos em idioma xhosa.

Carmen é encarnada pela atriz sul-africana Paulina Malefane, que já conhecia a obra de Bizet por ter participado de diversas produções de "Carmen".

"É incrível. Sinceramente, nunca pensei que poderíamos adaptar as cenas a este universo", havia declarado a atriz à AFP depois da projeção do filme.

"Trata-se de uma história de amor, e o amor é universal. Ela poderia ter acontecido em qualquer lugar do mundo", concluiu a atriz na ocasião.

A Alemanha, que havia conquistado o Urso de Ouro no ano passado com "Head-on de Fatih Akin, realizou mais um ótimo desempenho em 2005 ganhando, graças ao filme "Sophie Scholl - Os últimos dias", o Urso de Prata do melhor diretor para Marc Rothemund e o de melhor atriz para Julia Jentsch.

Jentsch, que comemora seus 27 anos neste domingo, interpreta neste filme a líder do movimento estudantil de Munique "A rosa branca", oposto ao nazismo. A atriz alemã está atualmente nas telas de cinema com o longa "The Edukators", de Hans Weingartner.

"Estou muito feliz por estar aqui, em Berlim, e por receber este prêmio", emocionou-se a jovem atriz.

Os americanos também estiveram representados em Berlim. Lou Taylor Pucci conquistou o Urso de Prata do melhor ator por seu papel em "Thumbsucker", de Mike Mills.

Neste filme americano, Pucci interpreta Justin Cobb, um adolescente que, com 17 anos, ainda chupa seu polegar. O retrato feito por Cobb se torna uma sátira sobre os problemas da família e da sociedade americanas.

Pucci já havia ganhado um prêmio pelo mesmo papel no festival de cinema de Sundance.

A França teve de se contentar com o Urso de Prata de melhor trilha sonora, atribuído à Alexandre Desplat por seu trabalho em "De battre mon coeur s'est arrêté", de Jacques Audiard.

A Ásia também esteve presente no maior evento cinematográfico da Alemanha. Além do Urso de Prata-Grande Prêmio do Júri atribuído ao filme "Pavão" do chinês Gu Changwei, o malaio Tsai Ming-Liang recebeu o Urso de Prata da melhor contribuição artística por "Nuage au bord du ciel", uma comédia musical erótica franco-taiuanesa.

E o prêmio "Teddy" para o melhor filme de temática homossexual foi concedido a "Un año sin amor", da argentina Anahí Berneri, que, com sua história, conta o sofrimento de um doente com Aids que ainda busca o amor, apesar de estar condenado à morte.



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