12/10/2000 - 05h06

Banco do Brasil leva sua faceta cultural ao cerrado

da Folha de S.Paulo

Com projeto de Oscar Niemeyer e teatro para 300 pessoas, Brasília inaugurou ontem o Centro Cultural do Banco do Brasil.
Aproveitando a experiência bem-sucedida no Rio de Janeiro, onde o CCBB tem instalada a sua primeira sede, o banco investiu R$ 1,2 milhão no novo local.

A previsão é receber 25 mil pessoas por mês. Em março do ano que vem, deverá ser inaugurado o CCBB em São Paulo.

O novo centro ocupa um prédio equipado com duas salas para exposições, espaço ao ar livre de 1.500 m2, cafeteria e estacionamento para 500 carros.

As exposições de inauguração são de Amilcar de Castro -esculturas de ferro, algumas inéditas, de até oito toneladas e que estão ao ar livre- e um módulo da Mostra do Redescobrimento que participou da exposição no parque Ibirapuera, em São Paulo.

Segundo o Banco do Brasil, o CCBB é a forma mais conhecida e visível de a instituição dar a sua contribuição para a arte e a cultura do Brasil.
Paulo de Tarso Leite, diretor do centro, disse que a escolha de Brasília para a instalação do segundo CCBB se deve por a cidade ser o centro político do país, com um consumo intenso de cultura, mas uma oferta insatisfatória.

Abertura

O público terá acesso ao local a partir das 12h de hoje, quando será aberta a exposição de Amilcar de Castro.

Compõem a mostra 20 esculturas de ferro no famoso estilo abstrato do escultor mineiro de 80 anos, um exercício geométrico que se vale da ferrugem e das torções do material bruto saído das minerações de seu Estado natal.

Já a Mostra do Redescobrimento, depois de bater recorde de público em São Paulo, começa neste mês sua exposição itinerante por algumas capitais brasileiras, dividida em módulos temáticos.

Programação

Amanhã estréia no novo centro cultural a peça "O Avarento", de Molière, com direção de Amir Haddad. O espetáculo fez sucesso no Rio e marca a abertura do intercâmbio entre os centros culturais Banco do Brasil.

Ainda em outubro, no dia 17, estréia no centro o concerto do pianista José Feghalli. O concerto faz parte da série "Presença Brasileira". O repertório vai de Haydn a Lorenzo Fernandez, passando por Chopin.

De 26 a 29 deste mês será a vez do pianista, compositor e arranjador Wagner Tiso dividir o palco com o grupo Rio Cello Ensemble e o clarinetista Juninho, de Brasília. O show é o primeiro da série "Contraponto Cerrado - O Melhor da Música Instrumental Brasileira".
No dia 18, o poeta Ferreira Gullar inaugura "Rodas de Leitura", dirigida por Suzana Vargas. A série fez sucesso no Rio ao promover o encontro de escritores com o seu público.

Jorge Amado, Paulo Coelho, João Ubaldo Ribeiro e Chico Buarque são alguns dos escritores que já estiveram no CCBB carioca lendo trechos de suas obras e debatendo com o público.

CCBB - Setor de Clubes Sul, lote 22, trecho 2, edifício Presidente Tancredo Neves, no Centro de Treinamento do BB

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