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15/03/2005
-
16h54
da France Presse, em Paris
Uma exposição do pintor Cícero Dias, o mais francês dos pintores brasileiros do século 20, abriu oficialmente nesta terça-feira o capítulo artes plásticas do Ano do Brasil na França, uma temporada cultural dedicada ao país, inaugurada no início deste mês.
As obras de Dias, feitas antes de seu exílio na França, em 1937, são o centro desta mostra, apresentada na Casa da América Latina de Paris.
O imaginário exuberante do nordeste brasileiro, a luminosidade do Brasil, a brisa do mar nos campos de cana-de-açúcar, as mulheres desejadas e a cultura popular carioca estão presentes na tela deste mestre da abstração geométrica, nascido em Pernambuco, em 1907.
Em 1931, com apenas 24 anos, o pintor terminou a obra que teria sido suficiente para torná-lo imortal: "Eu vi o mundo... ele começava no Recife", um quadro-mural de 15 X 2 metros, no qual fez a genealogia de sua terra.
O autoritarismo que germinava no Brasil o forçou a decidir pelo exílio voluntário em Paris, onde conheceu o pintor Pablo Picasso.
A vida do brasileiro esteve cercada da mesma paixão que inspirou sua obra. Os assistentes da mostra lembraram que durante a Segunda Guerra Mundial, em 1942, ele arriscou a vida ao fazer chegar o poema "Liberté", de Paul Eluard, para a Inglaterra.
Pouco depois, a Royal Air Force lançou milhares de panfletos com as estrofes de "Liberté" sobre a França. Por este ato, a França lhe concedeu a Ordem Nacional do Mérito.
Acabada a guerra, Dias se instalou definitivamente em Paris. No entanto, fazia viagens freqüentes ao Brasil. No último, em 2002, participou do lançamento do livro "Cícero Dias - uma Vida pela Pintura", de Waldir Simões e Mario Hélio Lima.
Cicero Dias morreu aos 95 anos em Paris, em 28 de janeiro de 2003. Seu corpo está enterrado no cemitério de Montparnasse, na capital francesa.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o pintor Cícero Dias
Obra de Cícero Dias inaugura exposições do Ano do Brasil na França
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Uma exposição do pintor Cícero Dias, o mais francês dos pintores brasileiros do século 20, abriu oficialmente nesta terça-feira o capítulo artes plásticas do Ano do Brasil na França, uma temporada cultural dedicada ao país, inaugurada no início deste mês.
As obras de Dias, feitas antes de seu exílio na França, em 1937, são o centro desta mostra, apresentada na Casa da América Latina de Paris.
O imaginário exuberante do nordeste brasileiro, a luminosidade do Brasil, a brisa do mar nos campos de cana-de-açúcar, as mulheres desejadas e a cultura popular carioca estão presentes na tela deste mestre da abstração geométrica, nascido em Pernambuco, em 1907.
Em 1931, com apenas 24 anos, o pintor terminou a obra que teria sido suficiente para torná-lo imortal: "Eu vi o mundo... ele começava no Recife", um quadro-mural de 15 X 2 metros, no qual fez a genealogia de sua terra.
O autoritarismo que germinava no Brasil o forçou a decidir pelo exílio voluntário em Paris, onde conheceu o pintor Pablo Picasso.
A vida do brasileiro esteve cercada da mesma paixão que inspirou sua obra. Os assistentes da mostra lembraram que durante a Segunda Guerra Mundial, em 1942, ele arriscou a vida ao fazer chegar o poema "Liberté", de Paul Eluard, para a Inglaterra.
Pouco depois, a Royal Air Force lançou milhares de panfletos com as estrofes de "Liberté" sobre a França. Por este ato, a França lhe concedeu a Ordem Nacional do Mérito.
Acabada a guerra, Dias se instalou definitivamente em Paris. No entanto, fazia viagens freqüentes ao Brasil. No último, em 2002, participou do lançamento do livro "Cícero Dias - uma Vida pela Pintura", de Waldir Simões e Mario Hélio Lima.
Cicero Dias morreu aos 95 anos em Paris, em 28 de janeiro de 2003. Seu corpo está enterrado no cemitério de Montparnasse, na capital francesa.
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