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08/04/2005 - 15h38

Príncipe Charles vai a funeral do papa e Camilla prova vestido

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da France Presse, em Londres

Na véspera da cerimônia que vai oficializar a relação do príncipe Charles da Inglaterra com Camilla Parker-Bowles, o herdeiro da família real britânica participou do funeral do papa João Paulo 2º em Roma, enquanto a noiva fez a última prova de seu vestido, que continua sendo um segredo.

A poucas horas do casamento do ano, não se percebe nenhuma onda de entusiasmo com o casamento no Reino Unido. Segundo estimativas, nove milhões de britânicos assistirão à cerimônia pela TV, contra os 750 milhões de telespectadores que acompanharam em todo mundo o primeiro casamento de Charles, em 1981, com Diana Spencer.

Enquanto Charles assistia hoje ao enterro do papa no Vaticano, ao lado de centenas de autoridades estrangeiras, Camilla provava o vestido que usará amanhã, na prefeitura de Windsor, para se casar com o herdeiro da coroa britânica.

As câmeras de televisão só poderão transmitir ao vivo a cerimônia religiosa e exibirão imagens da chegada do casal à prefeitura e de sua saída após o casamento civil, que tem previsão de duração de meia hora.

Em meio a expectativa com o tempo por parte de Windsor --há previsão de chuva ou neve para amanhã--, e com a invasão de câmeras de TV e de curiosos que se reunirão para ver o casal passar, a casa real divulgou a lista de apenas 28 convidados --todos parentes dos noivos-- que assistirão à cerimônia civil.

O restante dos convidados se unirá depois para a bênção religiosa na capela de Saint George, no castelo de Windsor, e a cerimônia para 700 convidados oferecida pela rainha Elizabeth 2ª, que contará com a reduzida presença de representantes de outras casas reais européias.

A casa real espanhola, por exemplo, estará ausente do polêmico casamento de Charles e Camilla, cujo longo relacionamento --marcado por adultérios, divórcios e morte-- é considerada por muitos como um fator enfraquecedor da monarquia.

A representação política na recepção será encabeçada pelo primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e a mulher dele, Cherie, e contará ainda com o líder do Partido Conservador, Michael Howard, e do Liberal Democrata, Charles Kennedy.

Também participarão membros da família real britânica, além de personalidades do mundo do espetáculo e da mídia.

Mistério

Apesar de os segredos mais ocultos da família real costumarem ser revelados pelos tablóides --que têm um apetite voraz por tudo o que é relacionado à monarquia--, o único detalhe que se antecipa é que o traje usado por Camilla certamente não será branco, nem terá cauda.

Será um vestido "elegante", limitou-se a informar a empresa de jovens estilistas britânicas Anna Valentine e Antonia Robinson, cuja "maison" fica em Kensington, centro de Londres, foi a escolhida por Camilla para desenhar seu vestido de noiva.

Segundo Liz Savage, da revista de noivas "Brides Magazine", Camilla usará um traje longo, para "se diferenciar de todas as convidadas".

O chapéu foi encomendado ao irlandês Philip Treacy, 37, que tem uma butique em Belgravia, exclusivo bairro londrino, onde criou peças para Madonna e Grace Jones.

Os sapatos foram desenhados por Linda Bennett e a noiva será preparada pelo cabeleireiro inglês Hugh Green --do londrino Hugh and Stephen--, que também foi o responsável pelo penteado da rainha Noor da Jordânia em seu casamento.

As alianças, assinadas pelo joalheiro londrino Wartski, também são mantidas em segredo, mas, como reza a tradição desde 1923, instaurada pela rainha-mãe, será uma pepita de 22 quilates, extraída de minas do País de Gales.

O cardápio da recepção não foi divulgado, mas sabe-se que o bolo não será preparado por um chef famoso, mas por Etta Richardson, uma vovó de 74 anos, cuja torta de frutas seduziu Charles quando a provou há um ano, durante visita a Llansteffan, povoado de Gales, onde ela a vendia no mercado.

Desculpas

Na cerimônia religiosa, denominada oficialmente Serviço de Oração e Dedicação, celebrada pelo arcebispo de Canterbury e primaz da Igreja Anglicana, Rowan Williams, Charles e Camilla reconhecerão seus "pecados".

"Reconhecemos nossos pecados e maldades que de tempos em tempos cometemos em pensamentos, palavras e ações", lerá o casal, que escolheu esta prece do Livro de Orações de 1962.

A oração representa o ato de contrição mais forte da Igreja Anglicana e será certamente vista como arrependimento público do herdeiro da coroa pela relação ilícita com Camilla, antes do divórcio da primeira esposa, a princesa Diana de Gales.

Altos encarregados da igreja já haviam pedido publicamente que o príncipe pedisse desculpas públicas por ter sido adúltero.

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