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17/04/2005 - 09h40

Emissoras apostam em universo feminino e personagens caricatas

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da Folha de S. Paulo

Enquanto a Globo muda de ares amanhã e investe em uma "neochanchada pop" para o horário das sete, a Record repetirá em maio a fórmula "careta" de época de "A Escrava Isaura". A próxima concorrente da novela das sete da Globo "A Lua me Disse", "Essas Mulheres", foi escrita por Marcílio Moraes com inspiração em três histórias do escritor José de Alencar --"Senhora", "Diva" e "Lucíola".

Em comum, as concorrentes têm apenas o que a grande maioria das novelas tem: o universo feminino. Segundo Maria Carmem Barbosa, a lua do título da novela representa a mulher. "A cada novo ano aumenta, nas grandes cidades, o número de mulheres descasadas, solteiras, chefes de família, abandonadas, solitárias, por opção ou não", justifica.

Para conquistar esse número crescente, a carta na manga, segundo Barbosa, é a relação entre Heloísa e Gustavo. "Tudo o que existe em volta é para enfeitar essa relação. Todo o universo foi criado para revestir essa grande paixão", explica Barbosa.

Fio condutor e principal cartão de visita da trama, o humor não fica em segundo plano e deve ser feito a partir do "politicamente incorreto". "Vamos cortejar o politicamente incorreto ou o 'impoliticamente' correto através da piada. O humor existe a partir da crítica. Mas vamos fazer isso de uma forma que não magoe nem ofenda", completa.

Entre as caricaturas criadas pelos autores, são facilmente pinçadas as personagens de Arlete Salles, que vive uma solteirona solitária viciada em bate-papo virtual; de Zezé Barbosa, que interpreta a filha da cozinheira, aculturada e cheia de mania de grandeza; e de Patrycia Travassos, que faz uma mulher rica e farrista, que assume o papel de filha dos filhos.

A Record atacará com a mesma fórmula, mas em outro formato: as personagens também são caricatas, porém mais contidas e "clássicas". Christine Fernandes, por exemplo, viverá Aurélia, a protagonista sofredora, típica heroína romântica, e Carla Regina viverá uma personagem de vida dupla, a moça de família Glória que, por força do destino, assume a identidade da prostituta Lúcia.

Mais que as personagens, para Maria Carmem Barbosa, o que vale é uma boa história, independentemente do número de capítulos. "O importante é a estrutura e a construção das tramas da novela." E, sob a sombra da mal-aventurada "Começar de Novo", a autora não declara confiança abertamente, apenas torce: "Esperamos que dê certo, claro. Estamos dando o melhor de nós".

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