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29/04/2005
-
09h05
SÉRGIO RIZZO
do Guia da Folha
É de uma perspectiva inequivocamente liberal que "Kinsey - Vamos Falar de Sexo" faz a biografia de figura controversa, o biólogo americano Alfred Kinsey, pioneiro em seu país na pesquisa sobre a sexualidade humana. Em 1948, quando seu primeiro grande estudo sobre o tema foi publicado, era reduzida a tolerância --em especial, a de lideranças religiosas e de conservadores de diversos matizes-- ao que ele se propunha a investigar com rigor científico e ferramentas estatísticas.
Teria sido fácil, portanto, encampar a perspectiva dos que o condenaram na ocasião e, recorrendo a passagens de sua vida particular, criar um retrato pouco simpático de Kinsey. O diretor e roteirista Bill Condon ("Deuses e Monstros") optou, no entanto, por ressaltar a importância do que produziu ao mesmo tempo em que o defende como um sujeito de personalidade complexa cujas imperfeições não anulariam a grandeza de sua entrega à ciência.
Em uma produção hollywoodiana, não se deve estranhar que avanços no pensamento científico sejam apresentados na forma do "eureca": está lá o personagem cuidando do jardim e de repente, graças a um comentário trivial feito por alguém, descobre-se a lei da relatividade --ou, neste caso, a lei da diversidade sexual, a de que não há comportamento humano "normal" ou "anormal", apenas diferenças comprovadas por amostragem.
Que uma produção hollywoodiana sustente com veemência essa idéia, isso sim, é digno de surpresa. "Kinsey" o faz com a ajuda de ótimo elenco --além de Liam Neeson e Laura Linney como o casal Kinsey, há Peter Sarsgaard e Timothy Hutton como fiéis assistentes-- e de um bom humor que se traduz, entre outros aspectos, no uso de canções como "Too Damn Hot" e "Fever" (que acompanha cenas de sexo com animais nos créditos de encerramento).
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Alfred Kinsey
"Kinsey" retrata vida de cientista pioneiro em pesquisa sexual
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do Guia da Folha
É de uma perspectiva inequivocamente liberal que "Kinsey - Vamos Falar de Sexo" faz a biografia de figura controversa, o biólogo americano Alfred Kinsey, pioneiro em seu país na pesquisa sobre a sexualidade humana. Em 1948, quando seu primeiro grande estudo sobre o tema foi publicado, era reduzida a tolerância --em especial, a de lideranças religiosas e de conservadores de diversos matizes-- ao que ele se propunha a investigar com rigor científico e ferramentas estatísticas.
Teria sido fácil, portanto, encampar a perspectiva dos que o condenaram na ocasião e, recorrendo a passagens de sua vida particular, criar um retrato pouco simpático de Kinsey. O diretor e roteirista Bill Condon ("Deuses e Monstros") optou, no entanto, por ressaltar a importância do que produziu ao mesmo tempo em que o defende como um sujeito de personalidade complexa cujas imperfeições não anulariam a grandeza de sua entrega à ciência.
Em uma produção hollywoodiana, não se deve estranhar que avanços no pensamento científico sejam apresentados na forma do "eureca": está lá o personagem cuidando do jardim e de repente, graças a um comentário trivial feito por alguém, descobre-se a lei da relatividade --ou, neste caso, a lei da diversidade sexual, a de que não há comportamento humano "normal" ou "anormal", apenas diferenças comprovadas por amostragem.
Que uma produção hollywoodiana sustente com veemência essa idéia, isso sim, é digno de surpresa. "Kinsey" o faz com a ajuda de ótimo elenco --além de Liam Neeson e Laura Linney como o casal Kinsey, há Peter Sarsgaard e Timothy Hutton como fiéis assistentes-- e de um bom humor que se traduz, entre outros aspectos, no uso de canções como "Too Damn Hot" e "Fever" (que acompanha cenas de sexo com animais nos créditos de encerramento).
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