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08/05/2005 - 09h30

"Cidade de Deus" deixa herança desigual

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MARCELO BARTOLOMEI
Colaboração para a Folha de S. Paulo, do Rio de Janeiro

De um lado, uma audiência média de 1,7 milhão de domicílios, um faturamento de US$ 800 mil (R$ 1,97 milhão) com vendas internacionais e a vitrine da maior emissora do país, a Rede Globo. De outro, um ibope de 78 mil domicílios e uma estrutura independente, com exibição na novata Rede TV!. "Cidade dos Homens" e "Mano a Mano", respectivamente, são duas séries que têm como herança atores do premiado "Cidade de Deus" (Fernando Meirelles), lançados para rumos diferentes e desiguais na TV.

Ainda neste ano "Cidade dos Homens" retorna para a quarta temporada. Em 2006, ganhará os cinemas, com roteiro em preparação por Roberto Moreira ("Contra Todos") e Paulo Morelli ("Viva Voz"). Há um ano, a O2 negocia com o mercado internacional as vendas de "Cidade dos Homens", que deu continuação ao curta "Palace 2", também baseado na violência dos morros.

Os direitos de exibição do seriado foram vendidos para países da Escandinávia, além de Reino Unido, França, Austrália, Nova Zelândia, Grécia, Japão e EUA.

"'Cidade de Deus', sem dúvida, abriu uma janela internacional para a produtora. Os compradores têm interesse em ver nosso trabalho. Por outro lado, só vende porque é bom", diz Andréa Barata Ribeiro, sócia de Meirelles e Morelli na produtora O2.

O longa "Cidade de Deus" marcou a história do cinema nacional em 2002, faturando 32 prêmios (internacionais e nacionais) e representando o Brasil no Oscar, embora sem levar nada.

A ascensão do filme abriu as portas para os atores amadores que formou, todos vindos do grupo Nós do Morro, que mais tarde se transformou na ONG Nós do Cinema. A O2 ainda ampara a instituição, oferecendo estágios e vagas em suas produções.

Estrela de "Cidade de Deus", o ator Leandro Firmino decidiu tomar outro rumo: ao conquistar sua independência, trabalha atualmente na série da Rede TV!. Para ele, no entanto, o importante é ter trabalho.

Outros atores como Jonathan Haagensen e Alexandre Rodrigues tiveram papéis em novelas da Globo, mas, atualmente, estão fora do ar. Outros integrantes da ONG ganharam papéis no cinema, como é o caso de Renato de Souza, que participou de "Quase Dois Irmãos", de Lúcia Murat.

"Mano a Mano", que tem também o ator Silvio Guindane, é uma comédia leve, sem pretensões, que tenta trilhar um caminho parecido com os de séries como "Seinfeld" e "Friends". O seriado, que está no quinto capítulo, tem 12 episódios gravados e vai ao ar aos domingos, às 22h15.

A produtora americana Picant Pictures também quer transformar a série num longa, apesar de nem ter certeza se conseguirá emplacar a segunda temporada.

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