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13/05/2005
-
18h06
KARINA KLINGER
da Folha Online
Pagar dívidas e comprar um picolé. É esse o destino que a bem-humorada Lygia Fagundes Telles decidiu dar aos 100 mil euros (cerca de US$ 127 mil ou R$ 330 mil), valor do Prêmio Camões, o "Nobel da literatura" em língua portuguesa.
"Você sabe, esse ofício que escolhi não dá dinheiro e preciso quitar as minhas dívidas", disse a romancista, contista, advogada e funcionária pública aposentada em entrevista à Folha Online.
Aos 82 anos, a autora de clássicos como "As Meninas", "As Horas Nuas", "Antes do Baile Verde" e "Verão no Aquário", já disse que nem pensa em parar de escrever.
"Enquanto a cabeça estiver funcionando, estarei escrevendo. É a minha guerra sem testemunhas", afirmou a escritora paulista, que neste domingo estará na Bienal Internacional do Rio de Janeiro autografando sua obras mais recente, "Meus contos esquecidos", lançado pela editora Rocco.
Leia abaixo trechos da entrevista com a escritora
Folha Online- Qual o significado do prêmio Camões para a senhora?
Lygia Fagundes Telles- Estou emocionada. Ele envolve tanta coisa, como a minha amada Portugal, por exemplo. Minha obra é engajada, e o prêmio mostra que ultrapasso as nossas fronteiras. Sempre achei importante falar das desigualdades, do analfabetismo e da miséria do nosso país.
Folha Online- Está trabalhando em algum livro no momento?
Lygia- Quero fazer um livro de crônicas inéditas e também um romance. Uma nova personagem já está exigindo um lugar ao sol. Sabe, os personagens são terríveis e prepotentes.
Folha Online- E como anda a sua relação com a Academia Brasileira de Letras?
Lygia-Fiquei um ano sem vir para o Rio de Janeiro e estava morrendo de saudades. Fui até lá, vi a imagem de Machado de Assis e agora estou bem.
Folha Online-O que acha do governo Lula?
Lygia-O sábio já dizia que "antes de sair para tentar mudar o mundo, dê três voltas dentro de sua casa". O nosso presidente precisa se amarrar mais ao país.
Leia mais
Veja a bibliografia de Lygia Fagundes Telles, vencedora do Camões
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a escritora Lygia Fagundes Telles
Lygia comemora prêmio e já prepara 2 novos livros
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da Folha Online
Pagar dívidas e comprar um picolé. É esse o destino que a bem-humorada Lygia Fagundes Telles decidiu dar aos 100 mil euros (cerca de US$ 127 mil ou R$ 330 mil), valor do Prêmio Camões, o "Nobel da literatura" em língua portuguesa.
Ana Carolina Fernandes/FI |
Lygia Fagundes Telles receberá US$ 127 mil |
Aos 82 anos, a autora de clássicos como "As Meninas", "As Horas Nuas", "Antes do Baile Verde" e "Verão no Aquário", já disse que nem pensa em parar de escrever.
"Enquanto a cabeça estiver funcionando, estarei escrevendo. É a minha guerra sem testemunhas", afirmou a escritora paulista, que neste domingo estará na Bienal Internacional do Rio de Janeiro autografando sua obras mais recente, "Meus contos esquecidos", lançado pela editora Rocco.
Leia abaixo trechos da entrevista com a escritora
Folha Online- Qual o significado do prêmio Camões para a senhora?
Lygia Fagundes Telles- Estou emocionada. Ele envolve tanta coisa, como a minha amada Portugal, por exemplo. Minha obra é engajada, e o prêmio mostra que ultrapasso as nossas fronteiras. Sempre achei importante falar das desigualdades, do analfabetismo e da miséria do nosso país.
Folha Online- Está trabalhando em algum livro no momento?
Lygia- Quero fazer um livro de crônicas inéditas e também um romance. Uma nova personagem já está exigindo um lugar ao sol. Sabe, os personagens são terríveis e prepotentes.
Folha Online- E como anda a sua relação com a Academia Brasileira de Letras?
Lygia-Fiquei um ano sem vir para o Rio de Janeiro e estava morrendo de saudades. Fui até lá, vi a imagem de Machado de Assis e agora estou bem.
Folha Online-O que acha do governo Lula?
Lygia-O sábio já dizia que "antes de sair para tentar mudar o mundo, dê três voltas dentro de sua casa". O nosso presidente precisa se amarrar mais ao país.
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