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30/05/2005
-
15h27
da EFE, em Los Angeles
A clonagem é uma realidade na Coréia do Sul, uma aberração aos olhos do governo americano de George W. Bush e o tema do próximo sucesso cinematográfico do verão americano para os produtores de Hollywood.
O filme se chama "A Ilha", e seus criadores estão tão certos do futuro sucesso que nesta semana mostraram à imprensa os primeiros 45 minutos da produção, em que o protagonista descobre que é um clone criado para que seus órgãos sirvam para outras pessoas.
"Pensávamos que tínhamos um grande filme de ficção científica nas mãos, mas, após as conquistas anunciadas na Coréia do Sul, agora podemos falar de um filme de suspense contemporâneo", declarou o produtor Walter F. Parkes.
Dirigido por Michael Bay e protagonizado por Ewan McGregor e Scarlett Johansson, "A Ilha" só estreará nos cinemas americanos no dia 22 de julho, mas a polêmica já está lançada.
O jornal "The Daily News" afirma que o filme abre "uma pergunta ética e moral". "Você faria isso? Se pudesse prolongar a vida a qualquer preço, faria isso?", perguntou-se Bay, ao responder aos jornalistas.
Cientistas no mundo todo estão tentando clonar, a julgar pelas conquistas anunciadas nesta semana na Coréia do Sul e no Reino Unido no campo das células-tronco.
A Reproductive & BioMedicine Online publicou que os especialistas britânicos foram os primeiros a criar um embrião humano clonado no Reino Unido.
No caso da Coréia do Sul, os especialistas coreanos qualificaram seu sucesso como um novo passo para o transplante de células-tronco em seres humanos para substituir células danificadas por causa de doenças degenerativas e incuráveis como o mal de Parkinson ou o diabetes.
"Estou preocupado com um mundo em que a clonagem seja aceita", afirmou o presidente americano, George W. Bush, ao saber destes avanços científicos, deixando claro que pretende vetar qualquer proposta que permita esta prática nos EUA.
"Pensem o que pensem, o avanço da ciência não pode ser detido, e às vezes é para o bem e outras para o mal", disse Bay.
Em qualquer caso, o diretor rejeitou a idéia de que seu filme dá forma aos piores temores conservadores: a de um mundo criando clones como meros estoques de órgãos a serviço de quem possa ou queira pagar por eles.
"Não me entendam mal. Eu sou a favor da pesquisa com células-tronco", afirmou Bay, que ressaltou sua preocupação com um amigo que sofre de mal de Parkinson. "Mas não acredito que este filme fale de células-tronco."
O produtor de "A Ilha", tentando controlar a possível polêmica, afirmou que no filme todos os clonados são adultos, algo impossível cientificamente.
Em "A Ilha" o nascimento de seus protagonistas é mais parecido com "dar à luz nas mãos de um caminhante (de improviso)", brinca Bay, já que os clones adultos nascem no meio de uma espécie de placenta gigante feita de um material similar aos implantes mamários.
O filme também conserva a fórmula que deu fama a Bay, diretor de filmes como "Armageddon" e "Pearl Harbor", em que a ciência e a história são a desculpa para muita ação, perseguições e grandes explosões.
Bay disse ter feito seu dever de casa antes de enfrentar um tema tão polêmico, incluindo no filme avanços médicos em nanotecnologia, algo que o fascina, e avanços tecnológicos, como o tamanho cada vez menor das câmeras-espiãs.
"A Ilha" também levou o diretor e os protagonistas a refletir sobre um tema ético-científico tão polêmico. "A verdade é que se eu visse na rua alguém com o mesmo perfil genético que o meu provavelmente correria para casa, trancaria a porta e não sairia novamente", disse Johansson entre risos.
Bay se limitou à responder a pergunta lançada pelo filme. "Você faria? Após ver meu filme, não gostaria de ser clonado", reconheceu, ao responder a sua própria pergunta.
A previsão de lançamento de "A Ilha" no Brasil é 29 de julho.
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Hollywood aposta em sucesso de filme sobre clonagem
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A clonagem é uma realidade na Coréia do Sul, uma aberração aos olhos do governo americano de George W. Bush e o tema do próximo sucesso cinematográfico do verão americano para os produtores de Hollywood.
O filme se chama "A Ilha", e seus criadores estão tão certos do futuro sucesso que nesta semana mostraram à imprensa os primeiros 45 minutos da produção, em que o protagonista descobre que é um clone criado para que seus órgãos sirvam para outras pessoas.
Peter Macdiarmid/Reuters |
Ewan McGregor vai estrelar filme sobre clonagem |
Dirigido por Michael Bay e protagonizado por Ewan McGregor e Scarlett Johansson, "A Ilha" só estreará nos cinemas americanos no dia 22 de julho, mas a polêmica já está lançada.
O jornal "The Daily News" afirma que o filme abre "uma pergunta ética e moral". "Você faria isso? Se pudesse prolongar a vida a qualquer preço, faria isso?", perguntou-se Bay, ao responder aos jornalistas.
Cientistas no mundo todo estão tentando clonar, a julgar pelas conquistas anunciadas nesta semana na Coréia do Sul e no Reino Unido no campo das células-tronco.
A Reproductive & BioMedicine Online publicou que os especialistas britânicos foram os primeiros a criar um embrião humano clonado no Reino Unido.
No caso da Coréia do Sul, os especialistas coreanos qualificaram seu sucesso como um novo passo para o transplante de células-tronco em seres humanos para substituir células danificadas por causa de doenças degenerativas e incuráveis como o mal de Parkinson ou o diabetes.
"Estou preocupado com um mundo em que a clonagem seja aceita", afirmou o presidente americano, George W. Bush, ao saber destes avanços científicos, deixando claro que pretende vetar qualquer proposta que permita esta prática nos EUA.
"Pensem o que pensem, o avanço da ciência não pode ser detido, e às vezes é para o bem e outras para o mal", disse Bay.
Em qualquer caso, o diretor rejeitou a idéia de que seu filme dá forma aos piores temores conservadores: a de um mundo criando clones como meros estoques de órgãos a serviço de quem possa ou queira pagar por eles.
"Não me entendam mal. Eu sou a favor da pesquisa com células-tronco", afirmou Bay, que ressaltou sua preocupação com um amigo que sofre de mal de Parkinson. "Mas não acredito que este filme fale de células-tronco."
O produtor de "A Ilha", tentando controlar a possível polêmica, afirmou que no filme todos os clonados são adultos, algo impossível cientificamente.
Em "A Ilha" o nascimento de seus protagonistas é mais parecido com "dar à luz nas mãos de um caminhante (de improviso)", brinca Bay, já que os clones adultos nascem no meio de uma espécie de placenta gigante feita de um material similar aos implantes mamários.
O filme também conserva a fórmula que deu fama a Bay, diretor de filmes como "Armageddon" e "Pearl Harbor", em que a ciência e a história são a desculpa para muita ação, perseguições e grandes explosões.
Bay disse ter feito seu dever de casa antes de enfrentar um tema tão polêmico, incluindo no filme avanços médicos em nanotecnologia, algo que o fascina, e avanços tecnológicos, como o tamanho cada vez menor das câmeras-espiãs.
"A Ilha" também levou o diretor e os protagonistas a refletir sobre um tema ético-científico tão polêmico. "A verdade é que se eu visse na rua alguém com o mesmo perfil genético que o meu provavelmente correria para casa, trancaria a porta e não sairia novamente", disse Johansson entre risos.
Bay se limitou à responder a pergunta lançada pelo filme. "Você faria? Após ver meu filme, não gostaria de ser clonado", reconheceu, ao responder a sua própria pergunta.
A previsão de lançamento de "A Ilha" no Brasil é 29 de julho.
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