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06/06/2005 - 15h40

Michael Jackson: de menino prodígio a réu por abuso sexual

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CAMILA MARQUES
da Folha Online

De menino prodígio a acusado de abuso sexual. Hoje, é desta maneira que os fãs têm acompanhado a vida do maior astro que a música pop mundial já teve: Michael Jackson.

No meio musical desde os quatro anos, quando cantava ao lado dos irmãos na banda Jackson Five, o cantor viu sua carreira decolar e chegar ao topo, com a marca recorde de 46 milhões de cópias de discos vendidas no planeta, e entrar em decadência, no início dos anos 90, com a perda de espaço e o aparecimento das denúncias de abuso sexual de menores.

No grupo Jackson Five, Michael era o caçula dentre cinco irmãos, mas logo ganhou destaque com a meiguice e a potente voz, que assombrou produtores musicais. Desde sua estréia na banda, em agosto de 1962, até a assinatura do primeiro contrato foram cerca de seis anos. Neste mesmo ano (1969) viraram sucessos as canções "ABC" e "I'll Be There".

Em 1970, Michael lançou carreira solo. Ao criar um novo estilo --que unia canções de refrão fácil, musicalidade e muita dança--, arrebatou fãs de uma geração. O mesmo feito ocorreu com outros artistas pop, como Madonna e Prince, que entraram em decadência no fim dos anos 80, perdendo espaço para as bandas rock (Nirvana, Pearl Jam, etc.).

O primeiro fenômeno de Michael foi o disco "Off The Wall", produzido por Quincy Jones, com 11 milhões de cópias vendidas. O marco real, porém, viria em dezembro de 1982, com o lançamento de "Thriller". O disco, com músicas de sucesso como "Billie Jean" e "Beat It", vendeu 46 milhões de cópias no mundo. Até hoje, ainda é o trabalho de um artista solo mais vendido na história.

O recorde, por si só, mostra o tamanho do espaço que o cantor ocupou na cena pop.Porém, além da sonoridade e da dança, Michael Jackson e sua equipe viraram história ao inovar --também a partir do lançamento de "Thriller"-- em outros dois campos musicais: a adoção de um marketing agressivo de divulgação e a produção de clipes cinematográficos --quem não se lembra das coreografias no cemitério e o mortos-vivos acompanhando os passos do cantor.

Ao se transformar em sensação mundial, Michael Jackson protagonizou em todos esses anos sucessos e escândalos, sempre com ampla cobertura da mídia. De um lado, por exemplo, virou referência no mercado fonográfico e televisivo com o clipe da música "Black and White", em que recursos de computação gráfica sobrepõem rostos de negros, brancos, índios, crianças e asiáticos.

Do outro, recebeu severas críticas por intervenções cirúrgicas que fez para mudar características de seu rosto. A primeira ocorreu em em 1984, quando afinou o nariz. Em 1991, bastante modificado, chegou a ser comparado com um andróide. Hoje, o cantor tem a pele completamente branca e o nariz e o queixo modificados.

O começo real do declínio se deu em agosto de 1993, quando um pai acusou Michael Jackson de abusar de seu filho de 13 anos. O caso, porém, foi resolvido em um acordo milionário fora dos tribunais. Até a segunda denúncia do mesmo tipo e o aparecimento de um vídeo em que Michael afirmou que dormia com meninos, se passaram 11 anos. No final de 2004, o rancho dele na Califórnia foi revistado e Michael preso. O cantor, por sua vez, pagou fiança e foi liberado. O julgamento de Jackson só começou em 2005.

Nesse meio tempo, de 1994 a 1996, o músico se casou duas vezes. A primeira com Lisa Marie Presley, filha de Elvis, e a segunda com a enfermeira Debbie Rowe, então com 37 anos, com quem tem dois filhos: Prince Michael e Paris Michael Katerine.

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