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08/06/2005 - 09h43

Partituras inéditas de Bach e Händel são descobertas na Alemanha

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da France Presse, em Berlim

Partituras até agora inéditas dos compositores alemães Johann Sebastian Bach (1685-1750) e Georg Friedrich Händel (1685-1750) foram descobertas em arquivos de Weimar e Munique, anunciaram nesta terça-feira os arquivos da Baviera e da Fundação Bach. Para os especialistas, que certificaram a autenticidade das obras, são duas 'descobertas espetaculares'.

A partitura inédita de Bach, "uma obra de excelente qualidade", segundo Christoph Wolff, diretor da Fundação Bach, responsável pelos arquivos do compositor alemão, foi descoberta na biblioteca Anna Amalia de Weimar (leste do país).

De duas páginas, essa partitura foi interpretada em outubro de 1713, por ocasião dos 52 anos do duque Wilhelm Ernst von Sachsen-Weimar (1662-1728), e é uma composição musical para um poema religioso de Johann Anton Mylius que começa com o verso "Tudo com Deus e nada sem Ele".

Já a partitura de Händel, uma versão até hoje desconhecida para soprano e cravo da cantata 'Crudel tiranno Amor', foi descoberta em Munique nos arquivos que pertenceram ao historiador Wilhelm Heinrich von Riehl (1823-1897), informou a biblioteca do Estado da Baviera.

Essa versão de 11 páginas difere da conhecida anteriormente (designada com o número HWV97 no catálogo das obras de Händel), escrita para clavicórdio. Em muitos momentos, distingue-se da versão tradicional, que prevê, em particular, um acompanhamento de oboé e cordas.

De acordo com a Fundação Bach, o manuscrito de Weimar dá indicações sobre o desenvolvimento do estilo de Bach, que de 1708 a 1717 foi organista e maestro concertista na capela ducal de Weimar, e em 1723 obteve o prestigiado cargo de diretor da música na Igreja São Tomás de Leipzig.

A composição se encontrava na oficina de restauração da biblioteca de Weimar, que não foi afetada pelo incêndio que causou graves prejuízos no prédio em setembro de 2004. Mais de 50.000 livros antigos e a sala rococó da biblioteca, patrimônio mundial da Unesco, ficaram destruídos.

A Biblioteca de Weimar, que já foi dirigida pelo pensador e escritor Johann Wolfgang Goethe, conservava uma ampla mostra de originais de William Shakespeare, a maior coleção do mundo de edições de "Fausto" --quase 3.900 volumes--, cerca de 2 mil manuscritos medievais e por volta de 8.400 mapas históricos.

Especial
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