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09/06/2005
-
13h20
LIGIA BRASLAUSKAS
editora de Mundo
Após dez meses em reforma, o teatro Procópio Ferreira reabriu ontem com a comédia musical "Camila Baker, a Saga Continua", dirigida por Fernando Guerreiro e baseada no texto que revelou o autor Emílio Boechat na década de 80.
Divertida, a peça, que em seu primeiro dia de apresentação recebeu 700 convidados, muitos deles famosos, conta a história de uma atriz excêntrica, Camila Baker, interpretada de forma admirável pelo ator Daniel Boaventura.
Os outros personagens são Virgínia (Marcos Mion --que surpreende ao incorporar uma espécie de "perua-magrela-frustrada"), Dorothy (camareira de Camila, interpretada por Otávio Müller), Jeniffer (Leonardo Brício) e Wolfgang (filho de Camila, representado por Dalton Mello).
Durante uma hora e 45 minutos os cinco se revezam em 30 personagens e 60 figurinos, que em sua maioria são mulheres, e aí vale acrescentar a boa performance dos atores, que conseguem ir além das costumeiras cenas em que homens representam papéis femininos.
As cenas acontecem em três dimensões: o próprio palco do teatro, onde se passa a ação "reveladora", o palco sobre o palco, onde ocorre a ação
flashback, criando uma metalinguagem, e as coxias, que usadas como
parte do recurso cênico põem a platéia dentro do espetáculo.
O cenário é cuidadoso e versátil, além de bem explorado pelos atores, que adaptam o palco a cada estilo de peça que compõe a carreira de Camila [musicais, peças de vanguarda, políticas, infantis etc).
O "timing" também se destaca, ao revezar as histórias do passado com as revelações recentes, não privilegiando apenas um ator, mas o grupo todo --que pareceu entrosado e seguro na estréia.
O texto dá abertura à improvisação dos atores, que podem trazer elementos atuais para o espetáculo, fazendo com que a platéia assista a uma peça "diferente" a cada apresentação. Por outro lado, a presença de músicas no desenrolar da história preserva a unidade do texto, que poderia se perder no meio de tantos cacos.
Teatro
O renovação do teatro Procópio Ferreira ficou bacana. Das poltronas, que antes exibiam pedaços da espuma saindo do assento à iluminação, tudo foi melhorado.
O prédio de 1948, que que ganhou status de teatro apenas depois da morte de Procópio Ferreira, em 1979, tem agora assoalho novo no palco, camarins renovados, ar-condicionado que se manteve com bom funcionamento --mesmo com a casa lotada--, e novos sistemas de som e iluminação.
A entrada do teatro também tem novo piso e ainda conta com uma homenagem a Procópio Ferreira: vários quadros e material de arquivo foram cedidos por Bibi Ferreira para decorar as paredes do teatro, em uma exposição que durará três meses.
Serviço
"Camila Baker, A Aaga Continua"
Onde: Teatro Procópio Ferreira, r. Augusta, 2.823, Jardim América
Quando: sextas-feiras (21h30), sábados, (20h) e domingo (19h)
Quanto: de R$ 30 a R$ 50. Estudantes pagam meia
Informações: 0/xx/11/3083-4475 ou pelo site www.teatroprocopioferreira.com
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o teatro Procópio Ferreira
Teatro Procópio Ferreira reabre com comédia musical
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editora de Mundo
Após dez meses em reforma, o teatro Procópio Ferreira reabriu ontem com a comédia musical "Camila Baker, a Saga Continua", dirigida por Fernando Guerreiro e baseada no texto que revelou o autor Emílio Boechat na década de 80.
Divertida, a peça, que em seu primeiro dia de apresentação recebeu 700 convidados, muitos deles famosos, conta a história de uma atriz excêntrica, Camila Baker, interpretada de forma admirável pelo ator Daniel Boaventura.
Os outros personagens são Virgínia (Marcos Mion --que surpreende ao incorporar uma espécie de "perua-magrela-frustrada"), Dorothy (camareira de Camila, interpretada por Otávio Müller), Jeniffer (Leonardo Brício) e Wolfgang (filho de Camila, representado por Dalton Mello).
Divulgação |
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As cenas acontecem em três dimensões: o próprio palco do teatro, onde se passa a ação "reveladora", o palco sobre o palco, onde ocorre a ação
flashback, criando uma metalinguagem, e as coxias, que usadas como
parte do recurso cênico põem a platéia dentro do espetáculo.
O cenário é cuidadoso e versátil, além de bem explorado pelos atores, que adaptam o palco a cada estilo de peça que compõe a carreira de Camila [musicais, peças de vanguarda, políticas, infantis etc).
O "timing" também se destaca, ao revezar as histórias do passado com as revelações recentes, não privilegiando apenas um ator, mas o grupo todo --que pareceu entrosado e seguro na estréia.
O texto dá abertura à improvisação dos atores, que podem trazer elementos atuais para o espetáculo, fazendo com que a platéia assista a uma peça "diferente" a cada apresentação. Por outro lado, a presença de músicas no desenrolar da história preserva a unidade do texto, que poderia se perder no meio de tantos cacos.
Teatro
O renovação do teatro Procópio Ferreira ficou bacana. Das poltronas, que antes exibiam pedaços da espuma saindo do assento à iluminação, tudo foi melhorado.
O prédio de 1948, que que ganhou status de teatro apenas depois da morte de Procópio Ferreira, em 1979, tem agora assoalho novo no palco, camarins renovados, ar-condicionado que se manteve com bom funcionamento --mesmo com a casa lotada--, e novos sistemas de som e iluminação.
A entrada do teatro também tem novo piso e ainda conta com uma homenagem a Procópio Ferreira: vários quadros e material de arquivo foram cedidos por Bibi Ferreira para decorar as paredes do teatro, em uma exposição que durará três meses.
Serviço
"Camila Baker, A Aaga Continua"
Onde: Teatro Procópio Ferreira, r. Augusta, 2.823, Jardim América
Quando: sextas-feiras (21h30), sábados, (20h) e domingo (19h)
Quanto: de R$ 30 a R$ 50. Estudantes pagam meia
Informações: 0/xx/11/3083-4475 ou pelo site www.teatroprocopioferreira.com
Especial
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