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09/06/2005
-
20h02
da EFE, em Veneza
O Brasil marcará presença na 51ª Bienal da Arte de Veneza, com vários criadores na seção oficial e um pavilhão próprio onde o fotógrafo Caio Reisewitz e o grupo Chelpa Ferro mostram diferentes formas de entender a arte brasileira.
A exposição brasileira fica nos Jardins da Bienal, onde estão as mostras dos 31 países que têm um pavilhão, e apresenta dois projetos diferentes feitos por Reisewitz e o Chelpa Ferro para o evento.
Em "As utopias ameaçadas", Reisewitz fotografa o interior de seis edifícios públicos, com diferentes estilos arquitetônicos que mostram os contrastes do Brasil.
As imagens do Real Gabinete Português de Leitura e a igreja barroca de São Francisco da Penitência, no Rio de Janeiro, se contrapõem às fotos do prédio da Fundação Bienal de São Paulo, o escritório do prefeito da cidade, no Palácio do Anhangabaú, e o Ministério das Relações Exteriores, em Brasília.
Desta forma conta-se "a história de um poder no Brasil através da arquitetura", diz o fotógrafo paulista. Reisewitz disse que em suas imagens está implícita uma crítica à própria Bienal veneziana, como outro centro de poder que se enquadra em um mercado artístico que "cria problemas no círculo da arte".
A segunda sala do pavilhão brasileiro é ocupada pela instalação a cargo do grupo Chelpa Ferro, formado pelos cariocas Barrão, Sérgio Mekler e pelo paulista Luiz Zerbini. A criação mostra um grande alto-falante que, preso por correntes às paredes, fica suspenso a poucos centímetros de uma superfície de água que cobre todo o chão da sala.
A obra emite sons secos ininterruptamente, que são os estalos amplificados dos interruptores de luz de uma constelação de luzes colocada na parede oposta da sala, e que estão ligados ao alto-falante por cabos embaixo da água.
As luzes acendem e apagam ligadas ao som, enquanto este desenha vibrações na água, que é uma alegoria da metamorfose. A instalação foi feita para a Bienal, explicou Barrão, que junto com os outros dois integrantes do grupo estuda a sintonia entre o som e a força motora há vários anos.
Além disso do pavilhão nacional, o Brasil está presente nas duas exposições internacionais, 'A experiência da arte" e "Sempre um pouco mais longe", que são o eixo principal da bienal veneziana.
Na primeira, a curadora María de Corral selecionou os cariocas José Damasceno e Cildo Meireles, e para a segunda a curadora Rosa Martínez escolheu Laura Belém, Rivane Neuenschwander e Valeska Soares, de Belo Horizonte.
A 51ª Bienal da Arte de Veneza será inaugurada oficialmente na próxima sexta-feira, e abrirá as portas ao público a partir do domingo e até o próximo mês de novembro.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Bienal de Veneza
Artistas brasileiros expõem na 51ª Bienal de Veneza
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O Brasil marcará presença na 51ª Bienal da Arte de Veneza, com vários criadores na seção oficial e um pavilhão próprio onde o fotógrafo Caio Reisewitz e o grupo Chelpa Ferro mostram diferentes formas de entender a arte brasileira.
A exposição brasileira fica nos Jardins da Bienal, onde estão as mostras dos 31 países que têm um pavilhão, e apresenta dois projetos diferentes feitos por Reisewitz e o Chelpa Ferro para o evento.
Em "As utopias ameaçadas", Reisewitz fotografa o interior de seis edifícios públicos, com diferentes estilos arquitetônicos que mostram os contrastes do Brasil.
As imagens do Real Gabinete Português de Leitura e a igreja barroca de São Francisco da Penitência, no Rio de Janeiro, se contrapõem às fotos do prédio da Fundação Bienal de São Paulo, o escritório do prefeito da cidade, no Palácio do Anhangabaú, e o Ministério das Relações Exteriores, em Brasília.
Desta forma conta-se "a história de um poder no Brasil através da arquitetura", diz o fotógrafo paulista. Reisewitz disse que em suas imagens está implícita uma crítica à própria Bienal veneziana, como outro centro de poder que se enquadra em um mercado artístico que "cria problemas no círculo da arte".
A segunda sala do pavilhão brasileiro é ocupada pela instalação a cargo do grupo Chelpa Ferro, formado pelos cariocas Barrão, Sérgio Mekler e pelo paulista Luiz Zerbini. A criação mostra um grande alto-falante que, preso por correntes às paredes, fica suspenso a poucos centímetros de uma superfície de água que cobre todo o chão da sala.
A obra emite sons secos ininterruptamente, que são os estalos amplificados dos interruptores de luz de uma constelação de luzes colocada na parede oposta da sala, e que estão ligados ao alto-falante por cabos embaixo da água.
As luzes acendem e apagam ligadas ao som, enquanto este desenha vibrações na água, que é uma alegoria da metamorfose. A instalação foi feita para a Bienal, explicou Barrão, que junto com os outros dois integrantes do grupo estuda a sintonia entre o som e a força motora há vários anos.
Além disso do pavilhão nacional, o Brasil está presente nas duas exposições internacionais, 'A experiência da arte" e "Sempre um pouco mais longe", que são o eixo principal da bienal veneziana.
Na primeira, a curadora María de Corral selecionou os cariocas José Damasceno e Cildo Meireles, e para a segunda a curadora Rosa Martínez escolheu Laura Belém, Rivane Neuenschwander e Valeska Soares, de Belo Horizonte.
A 51ª Bienal da Arte de Veneza será inaugurada oficialmente na próxima sexta-feira, e abrirá as portas ao público a partir do domingo e até o próximo mês de novembro.
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