Publicidade
Publicidade
16/06/2005
-
09h54
ROCÍO AYUSO
da EFE
O antigo Egito chega a Los Angeles com a inauguração de "Tutancâmon e a idade de ouro dos faraós", a exposição mais ambiciosa sobre uma das maiores descobertas arqueológicas da história. Cerca de 130 objetos do túmulo do faraó --chamado de "rei menino" por ter assumido o poder muito jovem-- e de sua família estarão expostos a partir desta quinta-feira no Museu de Arte de Los Angeles.
Com um investimento de dezenas de milhões de dólares da iniciativa privada, a exposição espera receber um público de 1,2 milhão de pessoas.
Depois dessa primeira apresentação, a exposição passará por outros três museus americanos: o de arte de Fort Lauderdale (Flórida), o Field Museum de Chicago (Illinois) e o Franklin Institute na Filadélfia (Pensilvânia). Ao todo, os organizadores esperam arrecadar US$ 1 bilhão.
Os números são ambiciosos, mas tudo indica que serão alcançados. Antes mesmo de abrir as portas, já foram vendidos 300 mil ingressos.
Los Angeles "é o lugar perfeito para começar a viagem. É uma cidade que ama a juventude e é obcecada com a ressurreição de seus ídolos. E esta é a melhor ressurreição em 3 mil anos", brincou hoje Terry D. García, vice-presidente de programas da National Geographic Society, que participa da organização.
A fascinação do público com o Antigo Egito e com a figura de Tuntancâmon ajuda, como já demonstraram as oito milhões de pessoas que viram o faraó na sua última "visita" aos EUA, há 25 anos.
O reinado de Tutancâmon foi breve, mas a juventude do rei Tut e sua misteriosa morte, provavelmente de gangrena, é um tema que fascina o público e os profissionais há muitos anos.
Além disso, o túmulo, descoberto por Howard Carter em novembro de 1922 no Vale dos Faraós, é fundamental para o estudo do Antigo Egito, dadas as vastas riquezas ali escondidas e que se mantiveram conservadas desde sua construção, há mais de 3.300 anos.
Esta é a primeira vez que todos os objetos da exposição, que ficam guardados no Egito, são levados aos Estados Unidos. Entre eles está a coroa de ouro em forma de serpente que pertenceu ao faraó, a adaga que ele tinha em sua mão mumificada e um detalhado sarcófago do tamanho de uma boneca onde seu fígado estava guardado.
São pequenas maravilhas que substituem, ou escondem, a falta de outras peças mais conhecidas do grande público, como a máscara de ouro de seu rosto e outros sarcófagos.
"Há mais de 50 objetos de seu túmulo. O rei Tut é muito mais do que sua máscara", lembrou hoje Zahi Hawass, chefe do Conselho Supremo de Antigüidades do Egito, e chamado em Los Angeles de "Indiana Jones" em função de seu conhecimento e suas descobertas arqueológicas.
Ainda assim, os organizadores da exposição não quiseram correr riscos e na publicidade do evento --que pode ser vista em vários veículos, e de revistas de arte a supermercados e ônibus-- utilizam a foto do pequeno sarcófago ampliada para dar a impressão de que se trata da famosa máscara.
Apesar de sua importância, a exposição não está livre de críticas, principalmente em relação ao preço do ingresso, que é de US$ 30.
Em função disso, o Museu Metropolitan de Nova York, que recebeu a exposição de Tutancâmon há 25 anos, desta vez se negou a abrir as portas para os objetos do faraó.
"Não haverá mais gratuidade", disse Hawass insistindo na necessidade de financiar a preservação do Antigo Egito, sob o risco de que os tesouros da época se percam no próximo século devido a sua rápida deterioração.
Com a exposição, o governo egípcio espera receber cerca de US$ 40 milhões para seu programa de preservação.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Tutankamon
Exposição apresenta objetos de Tuntancâmon em Los Angeles
Publicidade
da EFE
O antigo Egito chega a Los Angeles com a inauguração de "Tutancâmon e a idade de ouro dos faraós", a exposição mais ambiciosa sobre uma das maiores descobertas arqueológicas da história. Cerca de 130 objetos do túmulo do faraó --chamado de "rei menino" por ter assumido o poder muito jovem-- e de sua família estarão expostos a partir desta quinta-feira no Museu de Arte de Los Angeles.
Com um investimento de dezenas de milhões de dólares da iniciativa privada, a exposição espera receber um público de 1,2 milhão de pessoas.
Depois dessa primeira apresentação, a exposição passará por outros três museus americanos: o de arte de Fort Lauderdale (Flórida), o Field Museum de Chicago (Illinois) e o Franklin Institute na Filadélfia (Pensilvânia). Ao todo, os organizadores esperam arrecadar US$ 1 bilhão.
Os números são ambiciosos, mas tudo indica que serão alcançados. Antes mesmo de abrir as portas, já foram vendidos 300 mil ingressos.
Los Angeles "é o lugar perfeito para começar a viagem. É uma cidade que ama a juventude e é obcecada com a ressurreição de seus ídolos. E esta é a melhor ressurreição em 3 mil anos", brincou hoje Terry D. García, vice-presidente de programas da National Geographic Society, que participa da organização.
A fascinação do público com o Antigo Egito e com a figura de Tuntancâmon ajuda, como já demonstraram as oito milhões de pessoas que viram o faraó na sua última "visita" aos EUA, há 25 anos.
O reinado de Tutancâmon foi breve, mas a juventude do rei Tut e sua misteriosa morte, provavelmente de gangrena, é um tema que fascina o público e os profissionais há muitos anos.
Além disso, o túmulo, descoberto por Howard Carter em novembro de 1922 no Vale dos Faraós, é fundamental para o estudo do Antigo Egito, dadas as vastas riquezas ali escondidas e que se mantiveram conservadas desde sua construção, há mais de 3.300 anos.
Esta é a primeira vez que todos os objetos da exposição, que ficam guardados no Egito, são levados aos Estados Unidos. Entre eles está a coroa de ouro em forma de serpente que pertenceu ao faraó, a adaga que ele tinha em sua mão mumificada e um detalhado sarcófago do tamanho de uma boneca onde seu fígado estava guardado.
São pequenas maravilhas que substituem, ou escondem, a falta de outras peças mais conhecidas do grande público, como a máscara de ouro de seu rosto e outros sarcófagos.
"Há mais de 50 objetos de seu túmulo. O rei Tut é muito mais do que sua máscara", lembrou hoje Zahi Hawass, chefe do Conselho Supremo de Antigüidades do Egito, e chamado em Los Angeles de "Indiana Jones" em função de seu conhecimento e suas descobertas arqueológicas.
Ainda assim, os organizadores da exposição não quiseram correr riscos e na publicidade do evento --que pode ser vista em vários veículos, e de revistas de arte a supermercados e ônibus-- utilizam a foto do pequeno sarcófago ampliada para dar a impressão de que se trata da famosa máscara.
Apesar de sua importância, a exposição não está livre de críticas, principalmente em relação ao preço do ingresso, que é de US$ 30.
Em função disso, o Museu Metropolitan de Nova York, que recebeu a exposição de Tutancâmon há 25 anos, desta vez se negou a abrir as portas para os objetos do faraó.
"Não haverá mais gratuidade", disse Hawass insistindo na necessidade de financiar a preservação do Antigo Egito, sob o risco de que os tesouros da época se percam no próximo século devido a sua rápida deterioração.
Com a exposição, o governo egípcio espera receber cerca de US$ 40 milhões para seu programa de preservação.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice