Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
22/06/2005 - 11h26

Ex-Maria Rita lança CD e entra na órbita da nova MPB

Publicidade

MARY PERSIA
da Folha Online

Os amigos ainda a chamam de Maria Rita, às vezes de Ritinha. Mas, para o público, ela não quis deixar dúvidas: seu nome agora é Rita Maria, a fim de evitar confusão com Maria Rita, a filha de Elis. E a ex-Maria Rita acaba de lançar seu primeiro disco, "Fora de Órbita" (distribuição da Tratore, R$ 22, em média).

Divulgação
A cantora Rita Maria
A cantora Rita Maria
A mudança de nome artístico, há cerca de dois anos, foi necessária para evitar que confusões vividas a partir de 2002, quando Maria Rita Mariano surgiu na mídia, se repetissem --como parte do público ir ao show de Rita Maria, ex-Maria Rita, pensando que iria assistir à reencarnação de Elis.

O CD de Rita Maria também não deixa dúvidas a respeito do trabalho das cantoras homônimas de batismo. "Fora de Órbita" levou quatro anos para ficar pronto, foi gravado no estúdio cedido por um tio e começou sem produtor. "Tudo foi um aprendizado", diz Rita.

Sua experiência em estúdio se resumia a demos com bandas --com as quais se apresentava no circuito universitário-- e isso pesou na hora de mostrar a voz. "Nas primeiras gravações, fiquei nervosa, demorava a gravar, não me acostumava com o som que saía do fone [de ouvido]", admite Rita. Talvez por isso, e apesar de cantar desde os 18 (hoje tem 30), tecnicamente não pecou na interpretação, pelo contrário: pareceu ter fechado contrato com a técnica, a quem jurou fidelidade e prometeu não se aproximar do sentimento.

Nesse sentido, saem perdendo as 13 canções do disco, especialmente porque 11 são composições próprias (há ainda "Maçã do Rosto", de Djavan, e "Nego Maluco", parceria de Edu Lobo e Chico Buarque) e, segundo Rita, têm inspiração autobiográfica. Com algumas boas surpresas, suas criações mereciam ganhar vida com mais liberdade --conferida aos instrumentos, mas não à voz.

Nas faixas desse álbum de estréia, entre elas a levada de xote "Pé Calejado" ("Vivi fugindo do amor/ Me escondendo da saudade/ Dando cano na paixão/ Vivi a vida na amizade") e a valsa "Vida" ("Uma trajetória sem história/ Ou será o contrário/ Confundi o itinerário/ Do seu rolo compressor/ De desejos/ Fui ficar justo embaixo"), Rita e Zeca Loureiro, que assinam a produção, arriscaram com sucesso nos arranjos, todos feitos pelos próprios músicos (Zeca Loureiro nos violões, Paulinho Barizon na bateria, Eduardo Vidili e Sérgio Reze na percussão, André Bedurê e Gilberto Assis no baixo e Otávio Ortega no acordeon).

No dia 8 de julho, Rita apresenta seu trabalho em um pocket show na Livraria da Vila (r. Fradique Coutinho, 915, Vila Madalena), numa versão curta do show de lançamento do disco ocorrido no início do mês no Sesc Pompéia. Depois, em agosto, é provável que ela suba aos palcos com a volta do espetáculo "Palavras de Mulher - As Mulheres de Chico Buarque de Hollanda", ao lado das cantoras Yula Gabriela e Valeska Lopes.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre Rita Maria
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página